Em um ano, mais de 4 mil pessoas retiraram absorventes grátis em farmácias de MS

Em seu primeiro ano de execução, o programa dignidade menstrual beneficiou 2,1 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade ou de baixa renda em todo o Brasil. Desde 17 de janeiro de 2024, data de lançamento da iniciativa, foram distribuídos 240,3 milhões de absorventes, com investimento total de R$ 119,7 milhões pelo Ministério da Saúde. Em Mato Grosso do Sul, o programa atendeu mais de 4,5 mil pessoas, garantindo a entrega de 365 mil absorventes, com investimento de R$ 182,2 mil. O Estado conta com 429 farmácias credenciadas ao programa, que fazem parte da rede do Programa Farmácia Popular do Brasil. ( veja lista completa ) A iniciativa, instituída pelo Decreto nº 11.432, de 8 de março de 2023, busca combater a pobreza menstrual, promovendo acesso a itens básicos de higiene e enfrentando o preconceito em torno da menstruação. Além de fornecer absorventes gratuitos, o programa tem um papel educacional, promovendo capacitação técnica de agentes públicos para abordar temas como menarca, prevenção de infecções e saúde menstrual em geral. Quem tem direito ao benefício? O programa dignidade menstrual é destinado a pessoas entre 10 e 49 anos inscritas no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais) que atendam aos seguintes critérios: Estar em situação de extrema vulnerabilidade social, com renda familiar mensal de até R$ 218 por pessoa; Ser estudante de escola pública com renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa; Estar em situação de rua, sem limite de renda. Para acessar o benefício, é necessário apresentar uma autorização emitida no aplicativo Meu SUS Digital, válida por 180 dias, junto com um documento de identidade e o CPF. No caso de menores de 16 anos, a retirada deve ser feita por um responsável. Cada beneficiário tem direito a 40 unidades de absorventes, suficientes para dois ciclos menstruais, com renovação permitida a cada 56 dias. Para quem enfrenta dificuldades para acessar o programa, o Ministério da Saúde orienta buscar apoio na UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima, onde profissionais podem oferecer informações e até emitir a autorização de retirada. Outros canais de suporte incluem o Disque Saúde 136, os CRAS (Centros de Referência da Assistência Social), escolas públicas, Centros POP e consultórios itinerantes voltados para atendimento de pessoas em situação de rua.