Não é só operadora que sofre, moradores vivem "apagão" com furtos de fios

Chega o fim de semana e os moradores do bairro Tiradentes já sabem: não vão ter internet para curtir o descanso ligados no streaming. Desde o começo do ano eles relatam frequentes "apagões" no fornecimento de internet doméstica e as empresas culpam os furtos de fios de cobre e de cabos de fibra óptica. Sem alternativa e já cansados de relatarem a situação para todos os órgãos competentes, o jeito é se informar da situação pelos grupos de conversas no Whatsapp. Tem dias que o bairro fica sem acesso ao serviço por algumas horas, mas já teve situações que foram mais de 24 horas. É o caso da médica veterinária Patrícia Bitencourt, 27 anos, que planejou descansar no feriado de Corpus Christi e ganhou estresse. "Na parte profissional depende da internet para compras de materiais, receber, efetuar e acompanhar pagamentos. Ontem em específico seria um dia de descanso e lazer, mas fui obrigada a ficar 'olhando para as paredes', pois a tv de assinatura e demais streaming dependem da internet para funcionar", relata a moradora. Já o gerente de planejamento Cleiton Furtado, 36 anos, recorreu à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para tentar resolver o problema. "Começou os problemas de fibra no dia 29 de fevereiro, depois nos dias 25 e 27 de março, quando abri a primeira reclamação na Anatel. Depois foi em um sábado, dia 27 de abril, que ficamos sem o serviço até no dia seguinte", detalha. Todas as suas reclamações têm como resposta que "rompeu uma fibra na região, e que a equipe técnica está no local". Durante a visita de um técnico, o trabalhador relatou que os criminosos que furtam fios de cobre acabam rompendo os fios de internet, prejudicando toda região. "Aqui atrás do condomínio que moro, tem um terreno baldio que os usuários ficam usando drogas e colocando fogo geralmente em fios. Acabam furtando os cabos, mas o da fibra não vale nada pra eles, pois não tem cobre, sendo rompido no momento do crime", completa Cleiton. A orientação da Anatel é que, ao notar a interrupção dos serviços, mesmo que logo após a falta de sinal de TV ou de internet, o consumidor deve entrar em contato com a operadora, informando o problema e anotar o protocolo do atendimento. Prejuízos - No último dia 29, os representantes das empresas Claro, Vivo, Oi, Digital Net, Telemont e Gigamais se reuniram com o governador Eduardo Riedel (PSDB) para apresentar o cenário e discutir medidas para combater os roubos e furtos. Segundo o grupo, nos primeiros cinco meses de 2024, as principais operadoras de telecomunicações tiveram um prejuízo de R$ 42 milhões em Mato Grosso do Sul. A Oi foi a operadora mais afetada, com um prejuízo de R$ 25 milhões, pois possui mais cabos. Na sequência a Vivo registrou prejuízo de R$ 13 milhões, seguido pela Claro, que perdeu cerca de R$ 3 milhões. O corte de um cabo pode atingir em média cinco mil pessoas. Em abril, a Vivo, a Oi, a Claro e a Digital Net somaram 279 cabos cortados. O fiscal de telecomunicações da V.tal Oi, Wellinton Matos, afirma que essa média pode ser maior. Direto das ruas - A imagem chegou pelo Direto das Ruas , o canal de interação dos leitores com o Campo Grande News . Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563 . Clique aqui e envie agora uma sugestão. Para que sua imagem tenha mais qualidade, orientamos que fotos e vídeos sejam feitos com o celular na posição horizontal. Receba as principais notícias pelo celular. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .