Empresa alvo de operação não presta mais serviços, diz prefeitura
A prefeitura de Bataguassu afirmou que a GTX Construtora e Serviços Ltda, não presta mais serviços ao município distante 313 quilômetros de Campo Grande.
A prefeitura de Bataguassu afirmou que a GTX Construtora e Serviços Ltda, não presta mais serviços ao município distante 313 quilômetros de Campo Grande. A empresa foi alvo da Operação Jazida deflagrada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) na última sexta-feira (26) e pertence ao empresário Ivan Felix de Lima, chamado de "Rei dos Biticoins". Em nota enviada ao Campo Grande New s , a prefeitura afirma que a ofício da Controladoria Feral da União de 22 de fevereiro deste ano apresenta relatório com os registros da auditoria regular da execução dos contratos de repasses firmados com o MDR (Ministério de Desenvolvimento Regional) para as obras de pavimentação, drenagem e sinalização na cidade. O documento apontou que a "execução dos objetos foi compatível com os pagamentos realizados. Além disso, não foram identificadas desconformidades nos preços contratados nem na qualidade dos materiais empregados, com base em amostra realizada", afirma a prefeitura em nota. Além disso, a prefeitura esclareceu que a empresa investigada não presta mais serviços ao Município na obra de pavimentação que foi concluída, entregue e recebida, porém sem a conclusão do trecho final porque não houve acordo com um dos moradores. "A parte inconclusa foi suprimida do contrato e não foi paga, conforme 14° Temo Aditivo de Supressão ao Contrato 091/2021. A Prefeitura de Bataguassu continua à disposição das autoridades investigadoras, como sempre esteve para dirimir dúvidas e fornecer documentos e depoimentos", finaliza a nota. Operação Jazida - Na manhã de sexta-feira a equipe do Dracco, fez buscas na empresa que também executa obras públicas em Bataguassu. Mais de R$ 1 milhão embens da GTX foram bloqueados e apreendidos. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Capital. Conforme a polícia, as investigações apuram fraude à execução de contratos de obra de asfaltamento, na rodovia conhecida como Reta A1, Porto XV. A obra foi iniciada no início do ano de 2022 e até agora não foi concluída. "Foi identificada uma relevante fraude, no que tange à extração de terra utilizada na obra", segundo o Dracco. Ainda de acordo com o departamento, a empresa responsável escavou e retirou volumes expressivos de terra numa jazida irregular de propriedade privada, localizada próxima à obra. "É possível visualizar a jazida irregular até mesmo por imagens de satélite, o que demonstra o volume de terra extraído do local". Superfaturamento - Conforme a perícia realizada, foram extraídos cerca de 14.300 m³. A terra deveria ter sido extraída de uma jazida regular, localizada no município. Situação que gerou um superfaturamento do contrato de, ao menos, R$ 728.544,65. Além de constar no contrato a extração de terra na jazida regular, que deveria ser adquirida, a empresa ainda cobrava pelo transporte do material, como se estivesse retirando no local previsto, que fica a mais de 20 km de distância, conforme previsto no orçamento. Ainda de acordo com a polícia, no decorrer da execução do contrato, a empresa ainda solicitou diversos aditamentos, que foram aprovados pela Prefeitura Municipal da cidade. "No total, os contratos ultrapassam 5 milhões de reais. E mesmo assim, a obra ainda não foi concluída". Durante as diversas diligências realizadas pela equipe policial no local, ao longo das investigações, não havia nenhuma obra em andamento. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
Fonte: Campo grande News