Com apenas 1.227 votos, 8º na lista de suplente deve ganhar cadeira de vereador
O legislativo de Campo Grande deverá ganhar uma cara nova e pouco conhecida nos próximos dias.
O legislativo de Campo Grande deverá ganhar uma cara nova e pouco conhecida nos próximos dias. Com a prisão do vereador Cláudio Serra Filho (PSDB), o presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), informou que procurou o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) para pedir o nome do suplente, caso o afastamento do atual titular seja mantido. O parlamentar foi preso em 3 de abril, na 3ª fase da Operação Tromper, acusado de ser o mentor de um grupo que desviava recursos da Prefeitura de Sidrolândia, quando atuou como secretário de Fazenda na gestão sogra e atual da prefeita Vanda Camilo (PP). De acordo com o presidente legislativo municipal, Claudinho deverá ser afastado caso permaneça ausente por 10 sessões, que completam no dia 7 de maio. A indefinição sobre quem seria chamado para assumir o cargo se dá ao fato de que houve janela partidária com muitas alterações de eventuais candidatos, mexendo no cenário dos partidos e a representatividade. Conforme definição do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), nas eleições proporcionais, o mandato eletivo não é um direito pessoal do candidato, mas do partido, o que implica em uma obrigação de lealdade partidária. Portanto, a vaga no legislativo não pertence ao candidato eleito, mas sim do partido. Nas eleições de 2020, o PSDB conquistou 3 das 29 cadeiras na Câmara Municipal, com os vereadores João César Mattogrosso, Juari Lopes e João Rocha. Entretanto, em 2023, Mattogrosso assumiu o cargo de deputado estadual, abrindo espaço para o 1º suplente, Ademir Santana, que após 1 ano de mandato renunciou ao cargo. Assim, o 2º suplente, Claudinho Serra, foi empossado definitivamente. Com a prisão de Claudinho Serra, a vaga como vereador em Campo Grande, por aproximadamente oito meses, "cairá no colo" de Giancarlo Josetti Sandim, que conquistou apenas 1.227 votos nas eleições de 2020, e ficou como 8º suplente do partido. A frente dele estavam outros 5 ex-vereadores que obtiveram maiores votações no pleito de 2020, mas que saíram do PSDB e migraram para outras siglas para disputar as eleições em 2022, deixando Sandim como o próximo na linha de sucessão. Livio Leite mudou para o União Brasil; Junior Longo para o Republicanos; Wellington de Oliveira, o Delegado Wellington para o PL; Antônio Cruz para o MDB e Cida do Amaral para o Republicanos. A reportagem tentou contato com Giancarlo Sandim para comentar a possibilidade de assumir o mandato legislativo, mas ele evitou conversar com a imprensa. Nas eleições de 2022, Sandim também disputou uma vaga como deputado estadual pelo PSDB, mas obteve apenas 850 votos. Atualmente ele ocupa cargo comissionado na Casa Civil do Governo do Estado.
Fonte: Campo grande News