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Saiba quem são os envolvidos no conflito entre Israel e Hamas

O ataque realizado pelo grupo palestino Hamas contra Israel no último sábado (7), deixando milhares de mortos, deu início a mais um capítulo de um conflito que se arrasta há décadas.

Por Propaga News em 11/10/2023 às 20:20:24

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu - Alan Santos/PR

O Estado de Israel foi fundado em 14 de maio de 1948. As nações árabes vizinhas invadiram o recém-criado país no dia seguinte, em apoio aos árabes-palestinos. Desde então, Israel travou várias guerras, vindo a ocupar territórios e ampliando seus domínios. O país faz fronteira com o Líbano ao norte, com a Síria a nordeste, com a Jordânia e a Cisjordânia a leste, com o Egito ao sudoeste e com o Golfo de Aqaba, no Mar Vermelho, ao sul. Em Jerusalém, palco de passagens bíblicas sagradas para judeus, cristãos e muçulmanos, estão localizados o complexo do Monte do Templo compreende o Domo da Rocha, o histórico Muro das Lamentações, a Mesquita de Al-Aqsa e a Igreja do Santo Sepulcro. O centro financeiro de Israel é Tel Aviv, conhecido por suas praias e pela arquitetura. Líder do partido de direita Likud, Benjamin Netanyahu é o primeiro-ministro de Israel desde 2022. Já tendo ocupado o cargo outras duas vezes, ele é o político que mais ficou a frente do governo na história israelense.

Palestina

A Palestina reivindica soberania sobre os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza e também considera Jerusalém como sua capital. Seu centro administrativo está na cidade de Ramallah, na Cisjordânia. Sua independência foi declarada em 15 de novembro de 1988 pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Entretanto, a maioria das áreas reivindicadas pelos palestinos está ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Embora a ONU e mais de cem países, incluindo o Brasil, tenham reconhecido oficialmente a declaração de independência de 1988, potências europeias e os Estados Unidos estão entre aqueles que recusam à Palestina a qualificação de Estado.

OLP

A Organização para a Libertação da Palestina é uma entidade multipartidária e originalmente paramilitar. Criada pela Liga Árabe em outubro de 1964, foi apresentada como única representante legítima do povo palestino. Sua meta era a libertação da Palestina através da luta armada. A OLP foi considerada por diversos países ocidentais, entre os quais os Estados Unidos, como uma organização terrorista. Em 1988, a OLP passou a apoiar oficialmente uma solução alinhada com a proposta da ONU em 1947, com dois Estados - Israel e Palestina - vivendo lado a lado. Em 1993, o então presidente da OLP, Yasser Arafat, reconheceu o Estado de Israel numa carta oficial ao primeiro-ministro daquele país, Yitzhak Rabin. Em resposta à iniciativa de Arafat, Israel reconheceu a OLP como representante legítima do povo palestino. Arafat foi presidente do Comitê Executivo da OLP de 1969 até a sua morte, em 2004.

ANP

Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas - REUTERS/Francois Mori

Em 1993, foi firmado o Acordo de Oslo, por meio do qual Israel e a OLP pactuaram a criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP), um governo autônomo provisório que administraria territórios palestinos enquanto as negociações se desenrolassem para resolver questões importantes pendentes sobre o conflito. Atualmente, a área A da Cisjordânia está sob segurança e controle civil da ANP. A área B está sob controle militar de Israel e controle civil da ANP. Uma terceira área - C - concentra assentamentos israelenses. O atual presidente da Autoridade Nacional Palestina é Mahmoud Abbas.

Fatah

O Fatah é a maior das forças políticas dentro da OLP. Apresenta-se como um grupo nacionalista e laico. Foi criado em 1959, tendo Yasser Arafat como um de seus fundadores. É considerado mais moderado que o Hamas e tem maior presença na Cisjordânia.

Hamas

O Hamas, nome que significa, em árabe, Movimento de Resistência Islâmica, é um movimento palestino constituído de uma entidade filantrópica, um braço político e um braço armado. Criado em 1987, ele é considerado hoje como organização terrorista por vários países, como Estados Unidos, União Europeia, Japão, Israel e Canadá. A Organização das Nações Unidas (ONU) e alguns países membros, como o Brasil, não usam a mesma denominação.

Em 2006, o Hamas derrotou o Fatah nas eleições legislativas para a ANP, conquistando o direito de formar o novo governo. Os dois partidos, no entanto, entraram em conflito. O Hamas expulsou o Fatah da Faixa de Gaza. Em resposta, o Fatah rejeitou o governo de unidade e se manteve à frente da ANP, que passou a ter uma administração política voltada para as áreas da Cisjordânia.

Segundo o cientista político Leonardo Paz, o Hamas não reconhece o Estado de Israel e briga pela independência de um Estado Palestino. "Israel, por sua vez, diz que o território é seu e não tem como oferecer qualquer tipo de soberania a esse Estado palestino porque não haveria nenhuma garantia de segurança de que esse Estado não seria um posto avançado para atacar Israel", acrescenta.

Hezbollah

Aliado do Hamas, o Hezbollah surgiu durante a Guerra Civil do Líbano, entre 1980 e 1990. É uma organização política e paramilitar. No mundo islâmico, é visto como um movimento de resistência legítimo. No mundo ocidental, porém, é tido como organização terrorista por diversos países. A entidade ganhou popularidade no mundo muçulmano xiita, por ter levado Israel a desocupar o sul do Líbano, em maio de 2000. Em 2019, a organização constituiu-se em um dos principais movimentos de combate à presença israelense no Oriente Médio, utilizando ataques de guerrilha.

Fonte: Agência Brasil

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