O número de mortos após as inundações provocadas pela passagem da tempestade Daniel continua a aumentar e já supera 5,3 mil.
As autoridades alertam que o número de vítimas pode duplicar, enquanto corpos continuam a surgir na costa no Leste da Líbia."O mar traz, constantemente, dezenas de corpos", disse à Reuters Hichem AbuChkiouat, ministro da Aviação Civil da administração que governa o Leste do país.
"Contamos mais de 5,3 mil mortos até agora e o número deverá aumentar significativamente, podendo até duplicar, porque o número de desaparecidos também é de milhares", afirmou AbuChkiouat.
Além dos desaparecidos, Agência para as Migrações das Nações Unidas anunciou nesta quarta-feira que há dezenas de milhares de deslocados na cidade de Derna.
"Há pelo menos 30 mil pessoas deslocadas em Derna", disse a Organização Internacional para as Migrações (OIM) em relatório.
Segundo a agência, estima-se ainda que há três mil desaparecidos em al-Bayda e mais de dois mil em Benghazi, outras cidades mais a oeste do país.
A tempestade Daniel atingiu a costa Leste da Líbia na tarde de domingo (10), atingindo a metrópole de Benghazi antes de seguir para leste.
Durante a noite de domingo, duas barragens em Wadi Derna colapsaram e liberaram 33 milhões de metros cúbicos de água. A massa de lama e detritos varreu bairros inteiros e deixou parte da cidade de Derna irreconhecível. Estima-se que cerca de um quarto da cidade tenha sido destruída.
Nos últimos dias, vários países ofereceram ajuda à Líbia. Turquia e Emirados Árabes enviaram equipes de resgate.
Também a Jordânia, Itália, Argélia e o Egito já enviaram ajuda para o país. A França anunciou a instalação de um hospital de campanha para ajudar as populações afetadas, enquanto os Estados Unidos decidiram enviar "fundos de emergência para organizações de ajuda humanitária" e estão se coordenando com as autoridades líbias e a ONU para enviar apoio adicional.
O governo líbio lançou apelos por ajuda internacional e decretou estado de catástrofe no Leste da Líbia. Também foi decretado luto de três dias.
É proibida a reprodução deste conteúdo
Fonte: Agência Brasil