Andaime, entulho e fita zebrada: obra em escola assusta mãe de aluno da Reme
Por fora, os muros no entorno da Escola Municipal Professor Arlindo Lima recendem a tinta recém pintada, azul.
Por fora, os muros no entorno da Escola Municipal Professor Arlindo Lima recendem a tinta recém pintada, azul. Por dentro, a mãe de um dos alunos se espantou com o canteiro de obras espalhado pelo ambiente, tetos destelhados e com interdição de algumas salas de aula. Até o retorno do ano letivo, no dia 2 de agosto, 127 escolas ainda estavam passando por reforma, mas nem todas tiveram o atendimento presencial suspenso por isso, conforme havia sido divulgado pela Semed (Secretaria Municipal de Ensino). Porém, o trabalho continua em andamento em algumas instituições, como no Arlindo Lima. "Tinha pedreiro no telhado, jogando tijolo no chão, onde as crianças passavam", contou a auxiliar administrativa, que foi levar a filha para aula presencial depois de período em casa, com ensino à distância. Isso porque no dia 6 de agosto, em reunião com os pais, a diretoria informou que a escola permaneceria fechada, para segurança dos alunos, de 19 a 23 de agosto, por causa das obras. Os pais receberam novo aviso, informando que as aulas voltariam somente no dia 29 de agosto, do grupo do 5º ao 9º ano. Ontem, quando chegou para deixar filha na escola notou a movimentação dos pedreiros, mas o espanto maior aconteceu quando foi buscar a menina, no fim da tarde. As imagens feitas pela auxiliar administrativa mostram pedaços de concreto nos cantos e andaimes, tendo o trânsito impedido apenas por fita zebrada. Nos corredores, sacos pretos protegiam armários e outros objetos da escola. Crianças brincavam no corredor, "sentadas no chão, coberto com pó branco de obra", diz. Segundo ela, os funcionários aparentavam estar tensos com a situação. Por causa da obra, nem todas as salas estavam sendo usadas pelos alunos. A solução foi juntar turmas e realocar para outros espaços, como a biblioteca. Na Escola Municipal Nicolau Fragelli, no bairro São Francisco, os alunos não retornaram às aulas, no dia 2 de agosto. O telhado está em obra, desde o recesso de julho, para substituição da madeira por PVC. Mas, segundo apurado pela reportagem, o trabalho atrasou depois que descobriram maior comprometimento da estrutura. Por questão de segurança, a volta foi adiada. Na Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Eleodes Estevan, na Avenida Afonso Pena, a informação encaminhada por pais de alunos ao Campo Grande News é que as aulas serão interrompidas na próxima semana, por 15 dias, para obras. A reportagem entrou em contato com a Semed sobre os casos citados e aguarda retorno para atualização do texto. (Colaborou Bruna Marques) Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
Fonte: Campo grande News