Como uma música se torna eterna?
Certas composições musicais encaixam na estrutura funcional dos neurônios como uma chave em sua fechadura.
Certas composições musicais encaixam na estrutura funcional dos neurônios como uma chave em sua fechadura. É isso que as torna imortais. A neurociência vem explicando em detalhes como a eternização ocorre em nossos cérebros. Uma das descobertas da ciência é que as melodias orquestradas, contendo muitas harmonias, nos emocionam mais que o canto à capela, salvo se o cantor ou melodia interpretada tenham algum significado especial para cada um de nós. Uma capacidade intrínseca do cérebro humano. Não adianta apenas estudar e treinar, o reconhecimento das melhores harmonias não é algo que aprendemos com os anos. É uma capacidade intrínseca de alguns cérebros humanos, uma capacidade herdada em grande medida. Só algumas mentes privilegiadas como as de Mozart, John Lennon, Miles Davis e Irving Berlin nascem com a capacidade de discernir, fácil e temporaneamente, as frequências sonoras. Nós, demais mortais, reconhecemos facilmente os ritmos, mas não os tons. Temos um mini piano no ouvido. As vibrações sonoras chegam até o cérebro passando pela cóclea do ouvido. Ela funciona como um mini piano celular que leva os sons pelo nervo auditivo, até atingir o córtex cerebral. Os neurocientistas se assombram com a complexa e variadíssima informação que esse conjunto de cóclea, nervo auditivo e cérebro são capazes de interpretar e criar. Algumas poucas melodias tornam esse trabalho de ouvir um som, passando pela cóclea, nervo e chegando ao cérebro, muito fácil. Trabalho facilitado em músicas complexas, é isso que as tornam imortais, dizem os neurocientistas.
Fonte: Campo grande News