O candidato à reeleição à PresidĂȘncia Jair Bolsonaro afirmou que não houve atraso no inĂcio da vacinação contra a covid-19 e que o Brasil foi um dos paĂses que mais vacinou no mundo. Ele participou, na noite desta segunda-feira (26) de sabatina na TV Record, quando foi questionado sobre as crĂticas de que o governo brasileiro teria atrasado a vacinação.
"Eles queriam que eu comprasse vacina em 2020. Me aponte um paĂs que tenha vendido uma dose de vacina em 2020. A primeira vacina no mundo foi aplicada em dezembro de 2020. No Brasil, nós começamos a aplicar em janeiro de 2021. Eu comprei 500 milhões de doses, de modo que todo brasileiro que quis tomar, de forma voluntĂĄria, tomou", disse Bolsonaro.
Ao ser perguntado se não havia ocorrido atraso na aceitação da oferta do laboratório Pfizer, Bolsonaro disse que as condições exigidas pela empresa eram de difĂcil aceitação.
"O contrato que eles queriam que assinĂĄssemos em dezembro foi postergado porque a própria Pfizer dizia que não se responsabilizava pelos efeitos colaterais. O Brasil não poderia ter qualquer ação judicial contra possĂveis mortes. Era uma gama de condicionantes que eu não tinha como assumir. Nós compramos a vacina no ano seguinte, com uma condição de entrega muito maior", disse.
Sobre as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), vetando que ele use trechos das comemorações do 7 de Setembro em sua campanha e que faça transmissões ao vivo a partir do PalĂĄcio da Alvorada, Bolsonaro classificou as decisões como perseguição polĂtica.
"Eu não mando no TSE. Não tem como convencĂȘ-los. Eu estou proibido de fazer live dentro da minha casa oficial. Tenho que ir para a casa de alguém. Perseguição polĂtica. Não posso usar as imagens do 7 de Setembro no horĂĄrio eleitoral gratuito. O TSE fica o tempo todo aceitando qualquer ação de partido para atrapalhar a minha campanha", disse.
Bolsonaro também foi questionado sobre as queimadas na Amazônia e se havia suspeitas de ações ilegais nos incĂȘndios da floresta. Segundo ele, o governo tem atuado, inclusive com as Forças Armadas, no combate a esse tipo de crime.
"A Amazônia é uma ĂĄrea equivalente à Europa ocidental. Fogo criminoso existe, desmatamento criminoso existe, mas não nesses nĂșmeros que falam por aĂ. Essa polĂtica de superdimensionar nĂșmeros tem a ver com o mercado do agronegócio. Ameaçavam, o tempo todo, não importar alimentos nossos, tendo em vista acusações mentirosas de fogo e desmatamento desproporcional na Amazônia. Fizemos vĂĄrias operações com as Forças Armadas", disse.
Fonte: AgĂȘncia Brasil