Campo grande News
A obra de restauração da Igreja São Benedito e do entorno, na Comunidade Quilombola Tia Eva, em Campo Grande está orçada em R$ 2,6 milhões. O recurso foi aprovado e liberado pelo governo estadual que, juntamente com a Prefeitura de Campo Grande, executou os reparos emergenciais para evitar o desabamento do imóvel. O relatório anexado ao processo detalhou o serviço feito este mês. Igreja São Benedito foi erguida em 1919, sendo tombada pelo patrimônio histórico e interditada pela Defesa Civil de Campo Grande no dia 8 de maio de 2024.No dia 24 de janeiro deste ano, a Defesa Civil Estadual lacrou o imóvel para evitar que fosse acessado. Os reparos já eram aguardados desde 2021, mas somente este ano, depois risco iminente de desabamento, é que os trabalhos começaram. As visitas técnicas para avaliação do serviço que seria feito foram realizadas nos dias 13 e 14 de fevereiro, com participação de integrantes da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e da Associação Beneficente dos Descendentes de Eva Maria de Jesus, a Tia Eva. Segundo o relatório, foram instalados pontos de escoras metálicas para apoio da parte mais alta do telhado, retirando a carga que se acumulava do restante da cobertura. As escoras foram apoiadas sobre bases de madeira para não danificar os pisos. "Os serviços de escoramento foram executados de forma emergencial, visando garantir a proteção contra futuros transtornos até o início das obras de restauração". Essas escoras, conforme anexo, são soluções temporárias que devem ser retiradas assim que forem substituídas as tesouras (suporte do telhado), "assim como a sutura emergencial do frontão principal, que está com risco emergente de desabamento". O documento informa ainda que a queda do telhado alterou drasticamente a distribuição de cargas, podendo causar tensões nas paredes e fachadas, levando ao colapso de outras partes da edificação. O escoramento auxilia para minimizar os riscos, mas a redistribuição não deve ficar por período superior a 60 dias. Enquanto a obra emergencial foi realizada, a alocação de recursos para projeto de restauro foi aprovada pela Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica), orçada em R$ 2,6 milhões. Além da igreja, o reparo também será feito no adro (pátio externo em frente do móvel) e do salão de festas. Por conta da execução de obras emergenciais e do projeto resolutivo, tanto o Estado quanto a Prefeitura de Campo Grande pediram a extinção do processo que tramita na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos por perda de objeto. A Justiça intimou o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para se manifestar sobre essas solicitações. A ação civil pública foi protocolada no dia 10 de maio na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, pela 26ª promotoria do Meio Ambiente. Havia prazo determinado pelo juiz Ariovaldo Nantes para comprovação das obras, sob risco de multa diária Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .