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Campo grande

Ministério diz que atendimento na Casa da Mulher precisa ser aperfeiçoado

Após áudio da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, descrevendo um acolhimento "frio" na Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, e falta de escolta para ir em casa pegar pertences, a equipe do Ministério das Mulheres chegou a Campo Grande, neste domingo (16) para acompanhar o caso, e reafirma que os serviços precisam ser aperfeiçoados.


Após áudio da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, descrevendo um acolhimento "frio" na Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, e falta de escolta para ir em casa pegar pertences, a equipe do Ministério das Mulheres chegou a Campo Grande, neste domingo (16) para acompanhar o caso, e reafirma que os serviços precisam ser aperfeiçoados. A reunião durou 3 horas. Ela morreu no dia 12 de fevereiro, quando o ex-noivo, Caio Nascimento, a assassinou brutalmente com três facadas no peito, dentro da casa onde moravam, no Bairro São Francisco. Na manhã deste domingo (16), o grupo composto por ouvidora, diretora de Proteção de Direitos e a chefe de gabinete da ministra Cida Gonçalves se reuniu com a secretária-adjunta da Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), Viviane Luiza da Silva, a subsecretária estadual de Políticas Públicas para Mulheres, Manuela Nicodemos Bailosa, e as delegadas da casa. A ouvidora do Ministério das Mulheres, Graziele Dias, afirmou que serão feitos vários encaminhamentos a partir da reunião. "A ministra nos deslocou até aqui hoje, num domingo, para a gente fazer uma reunião emergencial com o colegiado gestor, para a gente tratar de alguns encaminhamentos sobre o atendimento, sobre o fluxo, alguns desenhos, algumas definições para que a gente continue atendendo, como sempre foi aqui na Casa da Mulher Brasileira, desde o início, a primeira Casa da Mulher Brasileira", pontuou. Ela ainda destacou que os serviços precisam ser melhorados. "Esse que é o objetivo da nossa visita, fazer uma escuta e monitorar esse serviço. Todos os setores foram ouvidos: a Deam, o Judiciário, a Defensoria, a Patrulha. Então, em cada um desses serviços a gente tem as colaborações e as contribuições para fazer [...] O atendimento precisa ser aperfeiçoado em vários setores, não só aqui na Casa da Mulher em Campo Grande, mas como em várias outras casas das mulheres", destacou. Ainda de acordo com a ouvidora, foi repassado para o ministério o relato das investigações, - que ainda estão sendo concluídas -, sobre como foi a entrada de Vanessa na casa, quem fez os atendimentos, e quais as orientações foram dadas. "Foi a partir desse caso que estamos fazendo os estudos específicos para a gente conseguir fazer as melhorias no serviço", completou. De acordo com Kátia Guimarães, chefe do gabinete da ministra das mulheres, Cida Gonçalves, o objetivo da primeira reunião foi colher informações de todos os setores para, posteriormente, ser passado um relatório para a ministra. "As conversas todas serão a partir da nossa escuta de hoje, com o intuito de que a gente possa aperfeiçoar os serviços. Então, com tudo que a gente ouviu, nós vamos produzir um relatório e que a ministra possa, a partir desse relatório, fazer essas discussões com as autoridades competentes. O objetivo é a garantia de que o serviço continue funcionando, que as mulheres aqui de Mato Grosso do Sul entendam que a casa está realizando seu trabalho", disse. Por fim, a diretora de Proteção de Direitos do Ministério das Mulheres, Pagu Rodrigues, pede para que as mulheres não desacreditem da proteção da Casa da Mulher Brasileira e pede para o Governo do Estado se empenhe em fazer a gestão compartilhada. "Isso será debatido com o governador, pela nossa ministra, e que o Estado também se empenhe em fazer a gestão compartilhada aqui do serviço da Casa da Mulher Brasileira, conjuntamente com o município e com nós do Governo Federal, para que as mulheres possam realmente acessá-lo cotidianamente, devidamente. O que a gente pede a todo mundo que está acompanhando o caso da Vanessa Ricarte é que não descreditem do serviço, que entendam a importância dele, continuem procurando a Casa da Mulher Brasileira e o serviço da rede de enfrentamento à violência contra mulheres", finalizou. Para a próxima terça-feira (18) é esperado que a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, se reúna com o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB); a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP); e com o presidente e o corregedor do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, os desembargadores Dorival Renato Pavan e Ruy Celso Barbosa Florence, respectivamente. O caso – No depoimento dado à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), ao qual o Campo Grande News teve acesso, a jornalista afirmou que estava morando com Caio desde agosto do ano passado e que ele era dependente químico, além de beber todos os dias e ficar embriagado com frequência. Depois de ameaças e de expor fotos íntimas de Vanessa, ela já havia terminado a relação, mas o homem recusava-se a sair da residência. Vanessa procurou a Deam, conseguiu medida protetiva, mas diz que não teve acesso à escolta quando precisou e foi orientada a ligar para o ex e avisar que iria para casa. Esse desabafo consta em áudio enviado para uma amiga, horas antes de morrer. Quando voltou para a casa para pegar seus pertences, Caio deu três facadas na altura do coração. Caio foi preso em flagrante. O músico já possui pelo menos 11 registros de violência doméstica, incluindo um contra sua própria mãe. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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