Governo federal anuncia leilões para melhorar estradas e escoar safra recorde
O governo federal planeja para 2025 nove leilões para entregar rodovias à iniciativa privada.
O governo federal planeja para 2025 nove leilões para entregar rodovias à iniciativa privada. A iniciativa deve resultar em investimentos de R$ 91,4 bilhões em trechos que totalizam 5,5 mil quilômetros de estradas de Norte a Sul do Brasil, além de R$ 99,7 bilhões em 1.708 quilômetros da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Os números foram apresentados nesta quarta-feira (5), em Brasília, em cerimônia de anúncio de medidas para o escoamento da safra de grãos 2024-2025. O evento reuniu os ministros Carlos Henrique Fávaro (Agricultura e Pecuária), Renan Filho (Transportes) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). Só para a produção de grãos da safra 2024/2025, a estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é que haja recorde e que sejam necessários deslocar 322,47 milhões de toneladas. Se for considerada a produção de cana-de-açúcar, celulose, frutas e carnes, o volume a ser transportado ultrapassa 1,250 bilhão de toneladas. Duas das concessões são de rodovias que passam por Mato Grosso do Sul. A Rota da Celulose – projeto que abrange trechos das rodovias federais BR-262 e BR-267, além das estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 – está prevista para ser leiloada no dia 8 de maio. A concessão prevê a recuperação, operação, manutenção e implantação de melhorias em aproximadamente 870 km de rodovias, com investimentos estimados em cerca de R$ 10 bilhões. As obras incluem duplicações, construção de acostamentos, terceiras faixas e vias marginais, beneficiando diretamente a infraestrutura de transporte na região. O governo federal também pretende leiloar novamente a BR-163, que corta Mato Grosso do Sul. Na avaliação do ministro Carlos Fávaro, os investimentos no setor de transportes asseguram o escoamento da produção rural crescente e com mais destinos no exterior. "Às vezes, a gente fala que a nossa infraestrutura logística é precária, é ruim, é deficiente. Isso, me perdoem, é síndrome de cachorro vira-lata. Se não fosse eficiente, nós não estávamos ganhando tanto mercado". O ministro Renan Filho concorda com a avaliação: "A gente suporta exportar, porque a gente tem infraestrutura". O ministro Silvio Costa Filho acrescentou que "o agro brasileiro cresce e puxa o crescimento da infraestrutura. O inverso também é verdadeiro. A infraestrutura melhora e facilita o crescimento do agro".
Fonte: Campo grande News