Campo grande News
Desde o começo de dezembro, Oneide Fernandes, de 61 anos, tem tentado ajudar no resgate de uma cachorra de rua, mas seus esforços têm sido em vão. A designer de interiores diz que já tentou acionar o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), porém nunca consegue retorno. Nesta sexta-feira (27), ela procurou a reportagem na expectativa de que a cachorra fosse resgatada. "Eu to desde o início do mês de dezembro postando no Facebook. Mandei pro CCZ, liguei, mas fica na chamada de espera e não atendem", explica. Além do telefone, ela diz ter procurado a Sesau através do endereço de e-mail. "Eu me pergunto onde se encontra o poder público para dar suporte a tantos animais abandonados", desabafa. Por não ter carro próprio e no momento estar sem emprego, Oneide relata que não consegue fazer o resgate e o encaminhamento para uma clínica veterinária.Além de procurar o CCZ, ela também foi atrás de uma ONG (Organização Não Governamental) que cuida de animais. "Disseram que não tinham como atender", fala. A cachorra vira-lata de pelagem preta vive na Avenida das Mansões, na altura da Rua Armando Capriata e na Rua Alberto Jissum Minei, no Bairro Buriti. Oneide já conversou com alguns comerciantes que disseram oferecer comida para a cachorra. "Esta cachorrinha está magérrima, cheia de carrapatos, com um tumor enorme entre as patas traseiras. Hoje novamente a encontrei deitada ao longo da calçada na Avenida das Mansões", afirma. Em outras ocasiões, a designer de interiores já resgatou outros três animais, conseguindo adoção responsável de um deles. O último resgate que fez rendeu uma dívida na clínica veterinária. "Eu já resgatei cachorros de rua, mas a última que resgatei foi feita a cirurgia, mas faleceu na clínica mesmo. Além de eu ter feito esse negócio desempregada, fiquei com duvida de R$ 3 mil. Não tem como pegar essa cachorrinha, não sei mais o que fazer", ressalta. Por não ter carro, Oneide já tentou viabilizar um veículo para que fosse feito o resgate. A ideia não deu resultado, pois ninguém se interessou em colocar a cachorra dentro do veículo mesmo com a alternativa de forrar o banco do carro. "As pessoas estão com um descaso tão grande com a vida e não importa se é humana ou animal", conclui. A reportagem procurou a Sesau sobre o caso na tarde desta quinta-feira (27). A secretaria que responde pelo CCZ não deu nenhum retorno até o fechamento dessa matéria. O espaço segue aberto. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .