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"Vá pescar" foi conselho de Bolsonaro após golpe frustrado

Vai ter churrasco? – As conversas de WhatsApp entre o presidente do PL em MS, Aparecido Portela, o Tenente Portela, que estão anexas no inquérito da Polícia Federal, "ganharam o mundo".


Vai ter churrasco? – As conversas de WhatsApp entre o presidente do PL em MS, Aparecido Portela, o Tenente Portela, que estão anexas no inquérito da Polícia Federal, "ganharam o mundo". Os prints do diálogo dele com o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, foram fundamentais para saber que o termo "churrasco", seria o golpe de Estado e que os patrocinadores já tinham comprado a "carne", ou seja, financiado o golpe. Cobrança – Sem o sucesso do "churrasco", Portela fez revelações de bastidores que mostram que os financiadores estavam cobrando o dinheiro de volta. "O pessoal que colaborou com a 'carne', está me cobrando se vai ser mesmo feito o churrasco. Pois estão colocando em dúvida, a minha solicitação". Apesar de Cid confirmar, o golpe foi frustrado e em janeiro de 2022, após os atos antidemocráticos, Portela disse que não tinha como devolver o dinheiro. "Infelizmente, vou ter que devolver a parte desse pessoal. Minha vida está um inferno", revelou Portela. Sem crédito na praça – Ele revelou que estava quebrado financeiramente. "Se eu tivesse como arcar parcelado, mas estou sem cargo nenhum aqui e sem previsão de conseguir algo. Tentei pegar um consignado, mas estou sem margem alguma. A cobrança tá grande". Treta no PL – Portela também cobrou de Bolsonaro, após o racho interno do PL em Mato Grosso do Sul. Ele questionou se o próprio ex-presidente havia avisado o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) sobre a manobra do partido no Estado. Bolsonaro negou e teve que ouvir um desabafo. "Falei para o Rodolfo, 'se vocês acharem por bem, pode me expulsar do PL'. Ou se achar que é conveniente, eu vou lá e desfilio. Não tem problema. E se tiver que renunciar também o cargo de suplente, não tem problema, porque o cargo de suplente é do senhor", disse se referindo a vaga dele de suplente da senadora Tereza Cristina (PP). Humilhação – Segundo Portela, ele estava "apanhando" de todos os bolsonaristas. "Eu tenho ficado quieto em casa. Entendeu? Mas tem hora que não dá, porque partem pra humilhação. Que eu tinha ido lá até na prefeitura, a troco de serviço. Eu fico no cabo do guatambu", disse se referindo ao dizer que ele fica trabalhando no duro. Perseguido – Por fim, Portela disse que a senadora Tereza Cristina teria retirado o cargo da filha que trabalhava no Estado, a agora eleita vereadora Ana Portela (PL). "Eu tinha uma filha que trabalhava no Estado, a Tereza tirou. A Tereza persegue mesmo. Mas tá bom... Faz parte da política. Agora, o que eles não podem é partir pra humilhação. E é o que tão fazendo, é humilhação. E eu não aceito, prefiro ficar fora". Conselho – Depois de ouvir todo o desabafo de Portela, Bolsonaro apenas o aconselhou em poucas palavras. "Nunca fale em renunciar ao cargo de suplente. Deixe um pouco a política de lado. Vá pescar". Representante – O deputado estadual Zeca do PT quer que a Assembleia Legislativa tenha um representante no grupo de trabalho bilateral que trabalhará para identificar as medidas necessárias para viabilização da oferta de gás natural da região de Vaca Muerta, na Argentina. A indicação será enviada ao presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), ao ministro da Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira de Oliveira. Repúdio – Para fortalecer o posicionamento do Governo do Estado, os deputados protocolaram moção de repúdio a declaração do CEO do Carrefour sobre a qualidade da carne brasileira. "Estamos defendendo o interesse de Mato Grosso do Sul e de nossa economia. O mercado francês não representa quase nada em termos de importação de carne. Nas palavras do CEO do Carrefour, ele deixa dúvidas quanto a sanidade de nosso rebanho, e com isso obviamente pode desencadear um problema, justamente que o Mato Grosso do Sul e Brasil como um todo combate há muitos anos, que a questão da sanidade dos nossos animais e a febre aftosa", disse o deputado Júnior Mochi (MDB). Diante da situação o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro (PP) acatou o pedido para que a moção fosse em nome da Casa. Já está se resolvendo – O deputado estadual Pedro Kemp (PT) atualizou os colegas dizendo que o CEO havia pedido desculpas. Para encerrar o assunto o presidente da Casa manteve o repúdio "ao passado". "Como sempre essa presidência buscando cumprir esse papel institucional e democrático, vamos receber a moção e fazendo ela pela Casa, mas tomando cuidado para que o diálogo seja privilegiado. Queremos resolver o problema daqui para a frente. Cabe a nós como instituição, defender os interesses do Brasil e do Mato Grosso do Sul, para que nossos mercados, País e economia continuem progredindo", concluiu.

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