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MS vira único "refúgio tucano" e indica perfil conservador e moderado do eleitor

Dos 79 municípios em Mato Grosso do Sul, o PSDB conquistou 44 prefeituras e pode angariar mais uma, em São Gabriel do Oeste, onde a disputa está sub judice.


Dos 79 municípios em Mato Grosso do Sul, o PSDB conquistou 44 prefeituras e pode angariar mais uma, em São Gabriel do Oeste, onde a disputa está sub judice. O estado tornou-se um refúgio tucano, o que evidencia o destino de MS, de continuidade de conservadorismo moderado, na avaliação do cientista político Daniel Miranda. No mapa eleitoral do Estado, figuram partidos de direita com melhores desempenhos nas eleições 2024. O PP elegeu 15 prefeitos, seguido do MDB, com 10 vitórias, PL com 5 prefeituras, PSB com duas e PSD com uma. O PT, que tinha apenas João Alfredo Danieze, ficou sem prefeituras em MS, depois que ele não conseguiu se reeleger, perdendo para Roberson, do PSDB. Segundo Miranda, o protagonismo tucano se mantém diante do crescimento do movimento bolsonarista, que prospera no cenário nacional, mas não mantém o mesmo ritmo de desempenho em MS. Aqui, por exemplo, não há personagens radicais. "Aqui, a direita moderada conseguiu, com sucesso até agora, isolar a extrema direita eleitoralmente", disse, explicando que muito desse resultado se deve à liderança de Reinaldo Azambuja, visto como grande articulador. O cientista político diz que, em MS, o PSDB se manteve em crescimento, na contramão do PSDB nacional, "cada vez mais em declínio", disse Miranda. No Estado, o partido venceu em colégios eleitorais importantes, como Três Lagoas e Dourados, embora tenha amargado derrota em Campo Grande, que ficou de fora do 2º turno. A derrota de Beto Pereira é um fator ainda em estudo pelo cientista político. "O partido fez amplo arco de alianças, tinha tempo de TV, dinheiro, ele é uma pessoa experiente, teve boa votação em 2022, quer dizer, todos os ingredientes estavam ali", listou. "Eu imagino que o eleitor de Beto seja, basicamente, o mesmo de Adriane. E, na reta final, tenha decidido dar mais uma chance para a prefeita". A derrota na Capital, embora amarga, não tira o sabor da vitória no resto do Estado. Além disso, ainda resta o eventual apoio do partido na campanha de Adriane Lopes no 2º turno, visto por Miranda como o caminho mais natural para a legenda. "E, a depender da aliança que fizerem com Adriane, podem ganhar força em Campo Grande, mesmo não tendo o prefeito", diz, no caso de a progressista vencer a adversária, Rose Modesto (União). Na análise nacional, a tendência da direita moderada se manteve. "Os partidos com maior número de candidatos eleitos às prefeituras são justamente aqueles que, apesar de majoritariamente alinhados à direita, sentam para conversar com os dois lados", destacou o economista e cientista político Ricardo de João Braga, professor do curso de Mestrado em Poder Legislativo da Câmara dos Deputados e coordenador do Congresso em Foco Análise. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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