Campo grande News
O Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) emitiu uma nota de repúdio após a socorrista, de 36 anos, ser agredida pelo filho de uma paciente, no momento em que prestava socorro à vítima. O conselho classificou o ato como "covardia". O caso aconteceu nesta quinta-feira (15), no bairro Jardim TV Morena. Conforme o boletim de ocorrência, o motivo da agressão teria sido uma suposta demora no atendimento. O comunicado foi publicado nesta sexta-feira (18) e revelou não ter sido o único episódio relatado ao conselho. "Este ato de covardia, que nos enche de indignação, torna-se ainda mais preocupante pelo crescente número de incidentes semelhantes que vêm ocorrendo". O texto pontua que os profissionais não estão sendo respeitados, muito menos valorizados. "Estão sofrendo agressões físicas e verbais que comprometem não apenas sua integridade física, mas também, a qualidade do atendimento prestado à população. O atendimento em uma ambulância do SAMU é um serviço crítico, prestado em momentos de desespero e necessidade urgente. A agressão, nesse contexto, é um crime contra toda a sociedade". A reportagem procurou a vítima, que alegou não estar em condições para relatar o caso. Ela mostrou imagens do hematoma, porém não autorizou a publicação por sentir vergonha. "É vergonhoso apanhar assim, é meu ambiente de trabalho. Estou com crise de ansiedade, com medo de sair de casa. Nesse momento não estou bem psicologicamente". Conforme informações fornecidas à polícia, a equipe do Samu foi até o imóvel onde havia uma paciente acamada. Eles aguardavam informações da central para saber qual hospital iria receber a paciente, após os primeiros procedimentos. Neste momento, o filho da idosa se exaltou e passou a reclamar da demora. A socorrista explicou que aguardava informações, mas o homem disse que a mulher tinha plano de saúde e levaria a mãe por meios próprios, insistindo em retirá-la da ambulância. Na sequência, deu um soco na socorrista para retirar a idosa da maca. A viatura do Samu também foi danificada na confusão. A socorrista registrou boletim de ocorrência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol um dia depois do fato. Ela prefere não ter o nome divulgado. "É urgente que a sociedade reflita sobre a violência contra profissionais de saúde. Tal atitude fere aqueles que juraram servir à humanidade com dedicação e respeito e mina a confiança e a segurança em todo o sistema de saúde", finaliza a nota do conselho. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .