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MP cobra mais leitos para UTI cardíaca pediátrica na Capital

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) transformou um procedimento de investigação em inquérito civil para apurar as providências que a Prefeitura de Campo Grande e a Santa Casa estariam adotando para ampliar a oferta de leitos de UTI pediátrica para fazer andar a fila com 80 crianças, algumas ainda bebês, com seis meses de vida, que aguardam cirurgias cardíacas no Estado.


O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) transformou um procedimento de investigação em inquérito civil para apurar as providências que a Prefeitura de Campo Grande e a Santa Casa estariam adotando para ampliar a oferta de leitos de UTI pediátrica para fazer andar a fila com 80 crianças, algumas ainda bebês, com seis meses de vida, que aguardam cirurgias cardíacas no Estado. A instituição foi acionada por mães após a morte de bebês à espera de atendimento. A partir das informações apuradas, a promotora Daniella Costa da Silva decidiu instaurar o inquérito. Ela ouviu relatos, pediu uma vistoria a técnicos do MP e se reuniu com a médica responsável pelo serviço, Aparecida Afif Villa Maior, definindo como foco para a investigação a falta de leitos. Conforme o relatório entregue após a vistoria, o serviço de cardiopatia pediátrica vivenciou superlotação em quase todos os meses deste ano, à exceção de fevereiro, quando o percentual de ocupação ficou em 92%. Na ata da reunião com a médica, constou que o andamento da fila de espera por uma cirurgia poderia acelerar se houvesse mais leitos de UTI para o pós operatório. Ela informou que são 4 leitos destinados ao SUS (Sistema Único de Saúde) dois particulares, que por vezes também acabam sendo utilizados pela saúde pública. Se houvesse ampliação de leitos, poderiam ser realizadas de 3 a 4 cirurgias eletivas por semana. Segundo repassado ao MP, em julho foi possível realizar 12 cirurgias. Por ano, o setor realiza cerca de 160 cirurgias pediátricas. No cenário atual, chega-se a fazer três por mês, demonstrando a urgência do tema, uma vez que se tratam de doenças que podem levar à morte de crianças, como já noticiado pelo Campo Grande News. Os seis leitos são distribuídos em duas salas. Conforme consta no inquérito, não há uma UTI reunindo todos os serviços, como deveria ser. Vistoria no setor – Uma equipe de técnicos do MP esteve no começo de junho no setor de cardiopatia pediátrica da Santa Casa. Até a lista de espera por cirurgias constou no relatório incluído na investigação, com crianças de todas as faixas etárias, incluindo vários bebês, e as cidades em que vivem. O hospital é referência e acaba recebendo os pacientes do interior. Conforme o relatório, são um enfermeiro e 4 técnicos de enfermagem por período e uma enfermeira responsável técnica. Também verificaram as escalas médicas, com um profissional fixo por período e um plantonista nos dias de semana, além de um cirurgião, "um auxiliar, uma escala de parecer da cardiologia pediátrica e uma escala de sobreaviso da cirurgia pediátrica". O serviço também conta com fisioterapeuta. Na portaria que instaura o inquérito a promotora cobra informações atualizadas da prefeitura e do hospital sobre a lista de espera entregue em junho, esclareçam se "há tratativas em andamento para ampliação dos leitos e, "em caso negativo, quais providências serão adotadas para ampliação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva Cardiopediátrica da Santa Casa para possibilitar a redução da lista de espera de pacientes".

Campo grande News

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