Onça que "ousou" sobreviver ao Pantanal em chamas leva vida sem sequelas
Muito bem, obrigado.
Muito bem, obrigado. Assim segue "Ousado", onça-pintada macho que ganhou esse nome após desafiar o Pantanal em chamas e ser resgatado, virando símbolo da catástrofe que atingiu o bioma em 2020. Cenas do felino levando a vida selvagem normalmente 4 anos podem significar esperança para os recentes resgates feitos esta semana em Mato Grosso do Sul, como os filhotes de veado e anta que foram encontrados com queimaduras e sem as mães. Quem filmou Ousado mais recentemente foi Henrique Olsen, fotógrafo de vida selvagem. A onça, monitorada pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) praticava o que parece ser seu esporte favorito: caçar jacarés. Em fevereiro, turistas espanhóis também gravaram o bichão demonstrando suas habilidades. "As imagens indicam que Ousado está com condições corpóreas ótimas, e a coleira de monitoramento não atrapalha em atividades diárias, como essa caçada", informou o ICMBio em postagem no Instagram. O macho foi resgatado em setembro de 2020 com queimaduras de 2º grau nas quatro patas, passou por tratamento inovador com o uso de células-tronco e 39 dias depois, foi devolvido à natureza. A soltura ocorreu na mesma margem do Rio Corixo Negro, em Poconé, em Mato Grosso, uma das áreas atingidas pelo fogo, onde o felino foi encontrado bastante debilitado. Passados quatro anos, Ousado demonstra vigor físico, mas o período de recuperação só começou para o filhotinho de veado que foi salvo por brigadistas do Prevfogo/Ibama, em Corumbá, a 428 km de Campo Grande, no fim de semana. Como no filme "Bambi", da Disney, o bicho se perdeu a mãe durante um incêndio, Pedro Nunes e Edenilson Fernandes, da Brigada Kadiwéu 1, encontraram o animal com as patas e focinho queimados. Eles procuraram pela mãe, mas a não encontraram. Também no fim de semana, filhote de anta foi encontrado sozinho, com as patas queimadas em área que pegou fogo em Aquidauana – a 141 km da Capital. A PMA (Polícia Militar Ambiental) tentou salvar tamanduá-bandeira, mas ele não resistiu. Também dois filhotes de onça foram fotografados completamente carbonizados após a reignição do fogo no Pantanal sul-mato-grossense. Pior que 2020 - O Pantanal de Mato Grosso do Sul tem 9 milhões de hectares, correspondendo a 65% do total da região pantaneira que ainda se estende ao Mato Grosso, ao Paraguai e à Bolívia. O bioma passa pela pior estiagem dos últimos 70 anos, segundo o Governo de MS. Desde o começo do ano até 30 de julho, a área queimada no Pantanal de Mato Grosso do Sul chega a 690 mil hectares, o que representa aumento de 74,1% em relação ao mesmo período de 2020. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
Fonte: Campo grande News