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Campo grande

Vídeo mostra momento do ataque a indígenas em Douradina

Dos três indígenas guarani-kaiowá atingidos por arma de fogo no ataque deste sábado (3) na região da Panambi-Lagoa Rica em Douradina, a 190 km de Campo Grande, dois são adolescentes.


Dos três indígenas guarani-kaiowá atingidos por arma de fogo no ataque deste sábado (3) na região da Panambi-Lagoa Rica em Douradina, a 190 km de Campo Grande, dois são adolescentes. Segundo o Conselho Missionário Indigenista (Cimi), um adolescente de 17 anos levou um tiro no pescoço e outro de 16 anos foi atingido na cintura e nádegas. Um adulto de 20 anos foi o terceiro, tendo sido atingido na cabeça. Este último, inclusive, é o único que continua internado no Hospital da Vida em Dourados. Conforme informação divulgada na manhã deste domingo (4) pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI), ele estava em estado grave, porém, nesta tarde, o Cimi informou que o indígena já estava fora de perigo. Um dos vídeos publicados pelo Cimi mostra o momento exato do ataque. Nas imagens é possível ver alguns indígenas abaixados e outros em pé, a frente. Eles usam fogos de artifício para se defender. O Cimi trabalha com o número de 10 feridos, já o MPI informa que são ao menos oito. Destes, além dos dois adolescentes e adulto atingidos por armas de fogo, uma idosa e uma grávida teriam ficado feridos. Os que não foram atingidos por arma de fogo, teriam sido atacados com bala de borracha. O ataque deste sábado foi em um dos sete pontos de ocupação ao longo das propriedades rurais. Acusação de omissão - O Cimi acusa a Força Nacional, que faz a segurança dos pontos de ocupação, de deixarem o local expondo os indígenas ao ataque de jagunços. Conforme nota publicada no site oficial da instituição, alguns agentes teriam inclusive avisado que os indígenas saíssem porque se não iriam "morrer". O Campo Grande News entrou em contato com a Força Nacional, que negou ter deixado o local. Segundo Capitão Camilo, o conflito que resultou nos 10 feridos aconteceu a quatro quilômetros de onde a guarnição da Força estava. "É uma extensão muito grande", disse ele. Uma encarregada do MPI está acompanhando os indígenas feridos, bem como a situação nos pontos de tensão em Douradina. O Ministério dos Povos Indígenas, inclusive, cobrou em nota explicações do Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre a suposta retirada de agentes da Força Nacional pouco antes do ataque sofrido pelo indígenas. Além disso, o MPI emitiu ofício para o diretor-geral da Polícia Federal, solicitando a investigação sobre os ataques, bem como a presença de policiais no local, mas disse que não houve resposta. Jagunços presos - Dois dias antes de ataque que deixou os 10 indígenas feridos, a Força Nacional também flagrou casal armado dentro de caminhonete, depois de tiros disparados dentro do acampamento guarani-kaiowá, comunidade que disputa terras com fazendeiros. Indígena levou tiro de raspão no tornozelo direito. Um homem e uma mulher, não identificados, foram encaminhados à sede da Polícia Federal e disseram que foram contratados como seguranças de produtores rurais da região. Depois de prestar depoimento, ambos acabaram liberados. Ainda segundo a Força Nacional, as duas armas encontradas com eles foram apreendidas. No dia 2 de agosto, última sexta-feira, os indígenas foram oficialmente intimados a deixarem a área pacificamente. Eles tem até o dia 7 para a retirada Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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