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"Só teve arroz hoje": crianças guarani-kaiowá sofrem com escassez alimentar

Além do clima de conflito com fazendeiros, crianças indígenas guarani-kaiowá têm enfrentado escassez alimentar e chegaram a comer apenas arroz na retomada da área Panambi-Lagoa Rica, em Douradina, a 192 km da Capital.


Além do clima de conflito com fazendeiros, crianças indígenas guarani-kaiowá têm enfrentado escassez alimentar e chegaram a comer apenas arroz na retomada da área Panambi-Lagoa Rica, em Douradina, a 192 km da Capital. A informação foi dada pela presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Maria Isabel Saldanha, que está no local hoje (29) para verificar a situação das crianças e adolescentes guarani-kaiowá. "As crianças aqui precisam de alimentos, cobertores e roupas. Tem criança cujo tekohá foi incendiado e que não tem nada. Hoje eles comeram só arroz", relatou a presidente da comissão da OAB. A presença da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente da OAB do Mato Grosso do Sul na área tem como objetivo principal avaliar a situação das crianças e adolescentes, além de buscar apoio solidário para minimizar a extrema vulnerabilidade em que se encontram. Entretanto, Maria Isabel não confirmou quantos dias permanecerá no local. Ela também destacou que o conflito na região tem escalado para além das ameaças verbais. Conforme noticiado anteriormente , um acadêmico da Universidade de Connecticut, que estava no local para realizar uma tese de doutorado em conjunto com uma acadêmica brasileira, foi agredido e sofreu ferimentos, incluindo um vergão nas costas. "Está se tornando insustentável essas crianças permanecerem aqui, em área de risco", pontuou Maria Isabel. Conflito - As áreas em disputa, consideradas agricultáveis e localizadas no município de Douradina, estão sendo vigiadas por produtores rurais que também acamparam nas proximidades, buscando impedir novas ocupações. A comunidade indígena, no entanto, se mantém firme em sua posição, exigindo a demarcação dos 12,1 mil hectares reivindicados, que circundam a Aldeia Panambi Lagoa Bonita, situada a 8 km do centro de Douradina e a 47 km de Dourados. "Quando nosso povo coloca o xiru yvyrai, nosso marco sagrado na terra, nós não recuamos mais. Plantamos aqui a marca, o registro do nosso povo. Colocamos aqui e vamos manter, porque nossos direitos não são negociáveis. Não negociamos nossa terra", afirmou o cacique Gilmar Veron, uma das principais lideranças dos guarani-kaiowá na região. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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