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Rally da Safra aponta perdas de produtividade de 30% no milho em MS

Com 42% das lavouras de milho implantadas em janela de alto risco climático, o Mato Grosso do Sul, que recém iniciou a colheita do milho em algumas regiões, deve registrar uma produtividade 30,3% menor em relação ao ciclo 2022/2023 da segunda safra do grão.


Com 42% das lavouras de milho implantadas em janela de alto risco climático, o Mato Grosso do Sul, que recém iniciou a colheita do milho em algumas regiões, deve registrar uma produtividade 30,3% menor em relação ao ciclo 2022/2023 da segunda safra do grão. A previsão é da empresa Agroconsult, que promove o Rally da Safra em todas as regiões produtoras do País. Segundo o levantamento, publicado na última semana de maio, o Mato Grosso do Sul deve ter uma redução de 97,5 sacas por hectare da safra 2022-2023 para 68 sacas/ha no atual ciclo. A produção sob risco no Estado deve afetar 5,9 milhões de toneladas do grão. Segundo outra projeção, desta vez do Siga-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), publicada no dia 28 de maio pelo Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), a estimativa é que a safra de milho seja 5,82% menor em relação ao ciclo passado (2022/2023), atingindo a área de 2,218 milhões de hectares. A produção é estimada em 11,485 milhões de toneladas, uma queda de 19,23%, e a produtividade é prevista em 86,3 sacas por hectare, uma retração de 14,25%. Em Mato Grosso do Sul, observou-se perdas significativas no potencial produtivo devido a estiagem. Essa situação adversa afetou uma área total de 508 mil hectares em várias regiões do Estado, incluindo o sul, sudoeste, centro, oeste, nordeste, norte, sul-fronteira e sudeste. Isso, se for considerado somente o que está sendo classificado como "ruim" devido às condições das lavouras. Entretanto, segundo o próprio Siga-MS, o Estado tem outras 461 mil hectares de milho classificadas em condição "regular", o que somando lavouras "ruins" e "regulares", tem-se um total de 969 mil hectares de lavouras sob risco de perdas de produtividade, ou seja 43,7% da área total plantada, número bem próximo do projetado pela Agroconsult, em relação ao porcentual cultivado em janela de alto risco climático. Os períodos de seca ocorreram entre março e abril (10 a 30 dias de estresse hídrico) e mais recentemente, entre abril e maio (10 a 45 dias sem chuva). Segundo análise do assistente técnico da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), Flávio Faedo Aguena, em nota divulgada para a imprensa pela entidade, "nesta safra teve milho que foi plantado em janeiro como também teve milho sendo plantado até o começo de maio. Durante esse tempo, também tivemos veranicos, algumas áreas ficaram 10 a 20 dias sem chuva, outras ficaram com mais de 30 dias sem chuvas", confirma. O atraso no plantio da soja foi empurrando para a frente o calendário de semeadura do milho. Critérios de avaliação Segundo o boletim do Siga-MS, para uma lavoura ser classificada como "ruim", ela deve apresentar diversos critérios negativos, tais como alta infestação de pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas no estande de plantas, desfolhamento excessivo, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, entre outros defeitos que causem perdas significativas de produtividade. Uma classificação "regular" é atribuída a lavouras que apresentam poucos problemas relacionados a pragas, estande de plantas razoável e pequeno amarelamento das plantas em desenvolvimento.

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