Campo grande News
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul definiu, por meio da Frente Parlamentar do Leite, a realização do II Seminário Estadual do Leite de MS para o próximo dia 4 de junho. O tema deste ano é baseado na proposta de desmistificar que o consumo de leite faz mal à saúde, mostrando que é um alimento saudável e recomendado por médicos, nutricionistas e pela OMS (Organização Mundial de Saúde). A realização do II Seminário do Leite, com o tema "Mitos e Verdades", conta com as parcerias da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Mato Grosso do Sul e da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), e terá como palco o Plenário "Júlio Maia" da Assembleia. O deputado Renato Câmara, presidente da Frente Parlamentar do Leite, que organiza o evento, em nota à imprensa, afirma que fatores diversos têm contribuído para a diminuição da produção de leite em Mato Grosso do Sul. "Além dos problemas mercadológicos resultantes da importação do leite de países vizinhos, um dos principais desafios dos produtores é aumentar o consumo", avalia. Produção caiu 50% desde 2016 O segmento em Mato Grosso do Sul sofreu queda no volume da produção leiteira desde 2016, de 338 milhões para 174 milhões de litros/ano. O rebanho estadual varia de 150 a 160 mil cabeças. Produtores reclamam da ausência de programas governamentais para incentivar a produção leiteira e também da falta de indústrias no Estado. A perda da relevância da produção de leite de Mato Grosso do Sul para o Brasil, levou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) a retirar o MS da lista de estados que compõem levantamentos de preços para definição da "Média Brasil" do preço do leite. Em Mato Grosso do Sul, a exemplo de outras regiões produtoras, o setor sofre a pressão das importações de leite e dos altos custos dos insumos, principalmente o composto de farelo e soja e milho, utilizado diariamente nas rações. Levantamentos do Cepea mostram que após três meses seguidos de queda, as importações brasileiras de derivados lácteos voltaram a avançar em abril (+9,3% frente a março). As exportações, por sua vez, caíram 60% no mesmo comparativo, o que elevou o déficit da balança comercial. Em volume, o déficit se ampliou em 15,7%, chegando a aproximadamente 189,8 milhões de litros em equivalente leite. Isso resultou em um saldo negativo de US$ 84,7 milhões. Leite valorizou, apesar dos pesares Pelo quinto mês consecutivo, o preço do leite captado em março fechou em alta, de 4,1%, chegando a R$ 2,3290/litro na "Média Brasil" do Cepea. Com esse resultado, o preço ao produtor acumulou alta real de 12,9% no primeiro trimestre (os valores foram deflacionados pelo IPCA de março). A valorização, por sua vez, se deve à redução da oferta no campo, a qual, inclusive, deve continuar sustentando os preços. De acordo com pesquisas ainda em andamento do Cepea, em abril, os valores do leite podem subir em torno de 5%, considerando-se a Média Brasil. Programação: 13h – Credenciamento. 13h30 – Mesa de Abertura. 14h – 1ª Palestra: "Diferença sobre alergia ao leite e intolerância à lactose: Aspectos clínicos, gravidade e segmento do paciente", com exposições de Stella Arruda Miranda – médica pediatra, alergista e imunologista pela Asbai (Associação Brasileira de Alergia), professora do curso de medicina da Uniderp e atual Presidente da Asbai - Regional MS. A Coordenação de mesa estará a cargo do produtor de leite e profissional de marketing, Ronan Salgueiro, diretor da Abraleite. 14h30 – 2ª Palestra: "Leite sob lupa, desmistificando mitos e verdades", apresentação de Tereza Cristina Abranches, Nutricionista ASMAN (Associação Sul-Mato-Grossense de Nutricionistas). Coordenação de mesa: médica veterinária Paula Laryssa Souza Pereira, analista de Assistência Técnica e Gerencial do SENAR /MS. 15h – 3ª Palestra: "Mitos e Verdades sobre o leite", com Leonardo Aydos, Nutricionista e Doutor em Saúde pela UFMS. A Coordenação de mesa ficará sob a responsabilidade do médico veterinário Paulo Fernando Pereira Barbosa, Presidente da Silems (Sindicato das Indústrias e Laticínios de Mato Grosso do Sul). 15h30 – Mesa Redonda.