Em greve, UFMS elege nova reitoria com abstenção de 30 mil estudantes
Estudantes, professores e técnicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) elegeram, na noite desta sexta-feira (10), a nova reitoria para o mandato de 2024 a 2028.
Estudantes, professores e técnicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) elegeram, na noite desta sexta-feira (10), a nova reitoria para o mandato de 2024 a 2028. A chapa da atual vice-reitora, Camila Ítavo (reitora) e Albert Schiaveto (vice-reitor), foi a vencedora com 49,07% dos votos válidos. No entanto, 30.189 alunos não exerceram seu direito ao voto. Os dados foram apresentados à imprensa durante apuração, iniciada às 21h. De acordo com a UFMS, a eleição contou com 11.043 votos válidos, um número 34,19% em relação a 2020, ano da última consulta. A chapa vencedora angariou 4.026 votos de estudantes, 725 dos técnicos e 883 dos votantes. Entre o eleitorado, os votos tiveram pesos diferentes, conforme a categoria: 70% para professores, 15% para técnicos-administrativos e 15% para os alunos. Já a chapa composta por Marco Aurélio Stefanes (reitor) e Ana Denise Ribeiro Mendonça Maldonado (vice-reitora) obteve 26,54% dos votos válidos, sendo 3.680 entre estudantes, 556 de técnicos e 435 entre docentes. Por fim, a iniciativa de Ruy Alberto Caetano Corrêa Filho (reitor) e Luciana Contrera (vice-reitora) teve 1,90%, sendo 292 alunos, 34 técnicos e 32 docentes. Contudo, o resultado não é o fim do processo. A lista tríplice, com a ordem de votação, será encaminhada para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 24 de maio. Caberá a ele fazer a nomeação, que precisa ser publicada até 25 de outubro, pois na data seguinte termina o mandato do atual reitor Marcelo Turine. Tecnologia - A votação foi realizada pelo sistema interno implantado desde 2020 para manter o distanciamento social durante a pandemia. O software livre garantiu o sigilo e a privacidade do voto. Segundo a Agetic (Agência de Tecnologia de Informação e Comunicação) 82 chamados foram abertos para sanar dúvidas e problemas dos eleitores desde que a votação foi aberta. "A configuração da urna foi acompanhada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), os dados são criptografados. Cada usuário conseguiu visualizar que não tem o nome das pessoas que votaram, teve um código que é atribuído aleatoriamente entre o votante da urna e ninguém tem acesso ao banco de dados diretamente pra ter acesso a votação", explicou o diretor da agência, Luciano Gonda.
Fonte: Campo grande News