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Raro em florestas, veado albino encontrou sombra extra entre eucaliptos

Um veado campeiro parcialmente albino escolheu morar em um lugar inusitado para os animais da sua espécie.

Por Propaga News em 05/05/2024 às 18:59:24

Um veado campeiro parcialmente albino escolheu morar em um lugar inusitado para os animais da sua espécie. À procura de sombra extra, ele foi flagrado em uma floresta da empresa de celulose Eldorado Brasil, em Inocência, a 330 quilômetros de Campo Grande. O registro é raro, mas ele foi visto há 4 anos na fazenda Santa Helena e a última vez, há 6 meses, na fazenda São Matheus. Nesse período, o veado foi flagrado 15 vezes e as imagens feitas por colaboradores da empresa foram divulgadas neste domingo (5). Outro veado campeiro albino, que vive no Pantanal, foi avistado em um safári no Refúgio Caiman, em Miranda, como mostram imagens divulgadas na última semana. Ambos têm distúrbio genético conhecido como piebaldismo, que altera a pigmentação geralmente avermelhada com extremidades em tons mais escuros, próximos do preto. Na floresta em Inocência, o vídeo foi feito por colaboradores da empresa. O ambiente é pouco convencional para sua espécie, mas o especialista em cervídeos e doutor em genética da Unesp Jaboticabal (Universidade Estadual Paulista), José Maurício Barbanti Duarte, acredita que o sombreamento das árvores colabora para a permanência do animal na floresta de eucalipto. O pesquisador explica que o veado pode preferir as florestas em função da busca por proteção que esses animais não encontram em seu ambiente habitual. A sombra extra pode ser particularmente benéfica para o veado, que normalmente ocupa campos abertos, onde a exposição ao sol é mais intensa. As fazendas são utilizadas para o cultivo de eucalipto, mas também abrigam áreas de conservação, reserva legal e de preservação permanente. O veado campeiro é uma espécie historicamente distribuída por toda a região central da América do Sul, podendo ser encontrado em diversos biomas, incluindo a Caatinga, o Cerrado, o Pantanal e os Campos Sulinos. Adaptado a ambientes de vegetação aberta, não é encontrado em florestas com frequência. Em espaços muito abertos, como esses, os animais com albinismo têm poucas chances de sobrevivência. Portanto, os ambientes com florestas de eucalipto podem estar desempenhando um papel crucial na sobrevivência desse animal, de acordo com o professor. Veado campeiro - A espécie pesa em média cerca de 30 quilos e os machos apresentam chifres, geralmente com três ramos em cada lado, totalizando seis pontas quando adultos. Eles são trocados anualmente, sendo a única espécie brasileira com ciclos anuais de chifres. Os veados se alimentam de brotos arbustivos e arbóreos, evitando que essas plantas dominem os espaços abertos que preferem habitar. Dessa forma, desempenham um papel importante como "engenheiros" do ecossistema, conforme os especialistas. O animal é dócil e permite a aproximação das pessoas, o que é raro em outras espécies. Sua presença é facilmente avistada na vida selvagem, o que não ocorre com muitas outras espécies que tendem a se esconder na mata. Porém, essa visibilidade aumentada também os torna mais vulneráveis à caça, representando uma ameaça significativa para sua sobrevivência. Manejo - A Eldorado Brasil Celulose mantém mais de 293 mil hectares de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul, realizando monitoramento regular da fauna e flora, o que possibilita registros como esse. Nessas áreas, também já foram flagradas outras espécies, como onça-parda, tatu-canastra, cachorro-vinagre e outros animais. O monitoramento rigoroso fundamenta a recomendação que a empresa recebeu para Declaração de Serviços Ecossistêmicos do FSC® (Forest Stewardship Council ® – FSC-C113536 – Conselho de Manejo Florestal), um acréscimo significativo à sua certificação de manejo florestal, atestando os impactos positivos de suas práticas na conservação da biodiversidade, no sequestro e armazenamento de carbono, além do manejo responsável das bacias hidrográficas. Os registros do veado parcialmente albino são motivo de orgulho para a empresa, segundo o biólogo, que atua na área de sustentabilidade da Eldorado, André Lucas Almeida de Lima. "A certificação reforça o nosso compromisso com as boas práticas de ESG (Ambiental, Social e de Governança) e destaca a eficácia das nossas políticas e ações em prol da conservação da biodiversidade. O registro do animal nos orgulha e comprova nosso manejo responsável e o bom convívio entre as espécies", diz o biólogo.

Fonte: Campo grande News

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