Campo grande News
Sem chegar a um acordo imediato, a negociação salarial entre os servidores administrativos e profissionais da área técnica do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) e a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) será levada ao TST (Tribunal Superior do Trabalho). Na manhã desta quinta-feira (2), os funcionários do Humap iniciaram uma greve para pressionar a Ebserh a melhorar a proposta salarial. Entretanto, o diálogo já vinha sendo articulado desde a última terça-feira (30). Em nota enviada ao Campo Grande News , a Ebserh informa que, durante a última rodada na MNNP (Mesa Nacional de Negociação Permanente), ocorrida em 30 de abril, os representantes dos empregados rejeitaram as cláusulas sociais e econômicas propostas pela empresa e mantiveram o indicativo de greve. Diante desse cenário, a Ebserh solicitou mediação e conciliação pré-processual perante o TST, requerendo que seja designada uma audiência com brevidade para dar continuidade à negociação entre a empresa e as entidades representativas dos trabalhadores. A direção do Humap também assegura que seu atendimento permanece normalizado e que a superintendência, juntamente com as gerências, mantém diálogos com representantes do movimento grevista para evitar desassistência no hospital. Conforme divulgado anteriormente, um grupo de cerca de 40 pessoas começou a mobilização em uma tenda montada no pátio do hospital, logo após a guarita de acesso. O grupo também estabeleceu uma escala de greve para manter alguns servidores no movimento e outros em serviço no hospital. Para aumentar a visibilidade, eles planejam transferir a tenda do pátio para a calçada em frente ao HU. Esta manhã, a movimentação de pacientes e familiares ocorria normalmente em meio à mobilização dos funcionários do hospital. Reivindicações da categoria - Os servidores administrativos e profissionais da área técnica do Humap demandam a melhoria da proposta de negociação apresentada pela Ebserh, que ficou em 2,15%, abaixo da inflação, que está em torno de 4% nos últimos doze meses. Além do aumento salarial, a categoria busca o aumento do tíquete alimentação, que subiria de R$ 14 para R$ 15 por dia. A Ebserh é a empresa federal que administra um grupo de 42 hospitais universitários, incluindo o ligado à UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), que também aderiu ao movimento. "Serão mantidos 50% da área administrativa e 50% das áreas de enfermaria, onde os pacientes não correm risco de vida diretamente. Nos setores com risco de vida, como CTI, UTI e obstetrícia, o percentual de funcionamento será de 70%", explica Wesley Cassio Goully, presidente do Sindserh-MS (Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Públicas de Serviços Hospitalares no Mato Grosso do Sul), sobre a paralisação, respeitando os limites de impacto nos serviços. Goully ressalta que o grupo poderá adotar outras medidas caso não haja avanço nas tratativas sobre as reivindicações. "Caso o Governo não tome medidas para valorizar os trabalhadores da saúde, planejamos discutir com a administração local o fechamento de alguns leitos não prioritários e a paralisação de cirurgias não eletivas, mas isso só ocorrerá se não houver uma resposta do governo", explicou. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .