Senad e PF encerram operação com destruição de 900 toneladas de maconha

Enquanto o Congresso Nacional discute nova legislação para criminalizar qualquer tipo de droga e o STF (Supremo Tribunal Federal) decide se libera o porte de maconha, Paraguai e Brasil mantêm a repressão ao cultivo da erva na fronteira com Mato Grosso do Sul. Nesta sexta-feira (15), terminou a 42ª edição da Operação Nova Aliança, que durante dez dias destruiu roças de maconha no departamento (equivalente a estado) de Amambay, cuja capital é Pedro Juan Caballero (veja o vídeo acima). Com apoio de helicópteros da PF e da Força Aérea paraguaia, equipes de campo localizaram e destruíram 67 acampamentos mantidos pelos narcotraficantes para processamento da droga. Também foram erradicados 290 hectares de cultivos, a maioria no meio de matas fechadas e em áreas de morro. Essas roças produziriam pelo menos 870 toneladas da droga pronta para o consumo. Nos acampamentos, foram destruídos 21.680 quilos de maconha já embalada e 770 quilos de sementes da erva. Segundo a Senad, essa etapa da operação tirou de circulação quase 900 toneladas da droga que seriam destinadas aos grandes centros do Brasil. A produção é controlada por facções criminosas brasileiras. O prejuízo ao crime organizado foi estimado em 26,7 milhões de dólares. "Cortar o mal pela raiz é forma de evitar com que centenas de toneladas de maconha entrem em circulação. Isso ajuda a desmontar uma cadeia que envolve vários delitos conexos a partir do momento em que o entorpecente sai das áreas de cultivo, notadamente o crime de tráfico transnacional de drogas", afirmou a PF, em nota. Segundo a polícia brasileira, na América do Sul, o Brasil, por sua extensão territorial, é rota para que esses produtos cheguem a outros países, bem como abasteçam organizações criminosas nacionais. A ação conjunta entre Brasil e Paraguai é o maior operativo policial mundial em cooperação internacional com objetivo de erradicar plantios ilícitos de cannabis. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .