Obra da ponte Bioceânica ainda está com R$ 2,4 milhões de materiais apreendidos
Mesmo com o retorno das obras da ponte Bioceânica após quase 3 meses, ainda tem US$ 500 mil de materiais que não estão em uso, o que equivale a R$ 2,4 milhões.
Mesmo com o retorno das obras da ponte Bioceânica após quase 3 meses, ainda tem US$ 500 mil de materiais que não estão em uso, o que equivale a R$ 2,4 milhões. Isso porque a obra estava travada sob investigação de suspeita de utilização de materiais contrabandeados desde dezembro do ano passado, deixando os produtos embargados. De acordo com o superintendente do consórcio PYBRA, - responsável pela construção -, Paulo Leitão, o serviço voltou de forma parcial com produtos comprados do lado brasileiro, no valor de US$ 100 mil (R$ 494 mil). "Não está 100% resolvido, é uma volta parcial. O serviço que estamos fazendo é com o material comprado no Brasil, foi comprada uma quantidade pequena diante de tudo o que precisa. Não estão em funcionamento todas as frentes da obra", explicou. Ainda de acordo com Paulo, no dia 19 de fevereiro foi encaminhada toda a documentação que a Receita Federal exigiu, mas ainda está sob análise. "Enquanto não chegar a resposta definitiva não podemos utilizar esse material. Ninguém está se negando a nada, o que tiver pendente o consórcio vai cumprir a determinação da Receita. A obra é muito aberta, muito visível, tudo ocorre de forma muito transparente", pontuou. Trata-se de uma obra de 1.294 metros de comprimento e 354 metros de vão livre sobre o rio Paraguai, que está sendo financiada pela Usina Binacional Itaipu, com investimento estimado em cerca de US$ 100 milhões. No lado paraguaio não há problema aduaneiro. Do lado de lá, a obra avança mais rápido. A ponte será a ligação do Brasil, em Porto Murtinho, a Carmelo Peralta, no Paraguai. A ponte será ligação do corredor que promete encurtar em quase 10 mil quilômetros o trajeto de mercadorias brasileiras rumo à Ásia, que hoje precisam partir pelo Oceano Atlântico, atravessar o Canal do Panamá para acessar o Pacífico, o que será possível pela Rota através do Chile. No dia 27 de fevereiro, equipes do Governo do Estado e do consórcio PYBRA se reuniram na Assembleia Legislativa. O encontro foi convocado pelo presidente da Casa, Gerson Claro, para discutir os entraves tributários que paralisaram as obras do lado brasileiro. Liberação - A Receita Federal de Ponta Porã autorizou a entrada e saída de produtos precedentes do exterior para serem usados no canteiro de obras da ponte da Rota Bioceânica. A decisão foi publicada no dia 29 de fevereiro no Diário Oficial da União, sendo autorizado pelo delegado da Alfândega da Receita Federal do Brasil em Ponta Porã, Daniel Cesar Saldivar Benites.
Fonte: Campo grande News