Banner Propaga News

Famílias recebem ordem de despejo em invasão que cresceu 7 vezes em 2 anos

Os moradores da favela "Nova Cidade de Deus", que ocupam um terreno na Rua Segismundo Tavares Santana, região do Parque do Sol, receberam intimação para desocupar o local, com prazo de 15 dias.

Por Propaga News em 19/02/2024 às 17:23:33

Os moradores da favela "Nova Cidade de Deus", que ocupam um terreno na Rua Segismundo Tavares Santana, região do Parque do Sol, receberam intimação para desocupar o local, com prazo de 15 dias. O pedido foi entregue no último sábado (17) e é assinado pelo juiz Paulo Roberto Cavassa de Almeida, da 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos. A solicitação foi apresentada pela prefeitura de Campo Grande. A ocupação surgiu ao lado da comunidade de mesmo nome, que este ano foi transferida da região. No caso da "Nova Cidade de Deus", os barracos começaram a ser levantados na pandemia. Em 2022, 40 casas foram derrubadas em uma ação de reintegração de posse ao município, com apoio da GCM (Guarda Civil Metropolitana). Na época, os moradores persistiram na esperança de ganharem um local regularizado, mas o número subiu mais de 7 vezes, e agora já são cerca de 300 famílias em barracos precários, segundo os moradores. Sem chance de abrirem mão dos barracos, as pessoas falam até em protesto, caso sejam obrigados a sair. "Eles entregaram duas intimações iguais, dizendo que era válida para todos que moram aqui. Um grupo está na Defensoria Pública para tentar ajuda, mas se for preciso fechamos a estrada ou protestamos na Prefeitura, porque não temos para onde ir", desabafa Ancarlos dos Santos, de 31 anos, que vive há três no local. No documento entregue hoje às famílias, o juiz diz que "em havendo descumprimento e sendo identificados os invasores, comunique-se a autoridade policial para os procedimentos cabíveis". Alessandra Benites Soares, 42 anos, vive com a família desde a primeira tentativa de reintegração. "São mães, crianças e idosos, muitos com inscrições para conseguir casa e nunca são sorteados. Disseram que iam resolver nossa situação após o caso do Mandela, mas nada foi feito e a intimação já chegou", pontua a dona de casa. Desempregado, Valdeir Duarte tem 43 anos e defende o cadastramento das pessoas para futura realocação ou, pelo menos, uma previsão do que será feito. "É pouco tempo para a gente arrumar um lugar para ir. Na verdade, muitos aqui não têm para onde mudar. Se derrubarem nossas casas, vamos levantar os barracos de novo, até que apresentem um lugar para construir". Um grupo de moradores passou a tarde na Defensoria Pública, na tentativa de derrubar a decisão do juiz, ainda sem sucesso. Até a conclusão da matéria, a Prefeitura de Campo Grande não havia respondido nossos questionamentos sobre o caso. Direto das ruas - A imagem chegou pelo Direto das Ruas , o canal de interação dos leitores com o Campo Grande News . Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563 . Clique aqui e envie agora uma sugestão. Para que sua imagem tenha mais qualidade, orientamos que fotos e vídeos sejam feitos com o celular na posição horizontal. Receba as principais notícias pelo celular.

Fonte: Campo grande News

Comunicar erro

Comentários

Galopera