Prédio onde funcionou escola por 36 anos vira "casa" de moradores de rua
Prédio onde funcionou a Fundação Olívia Pereira de Souza, na Avenida Guaicurus, está abandonado há, pelo menos, 7 anos.
Prédio onde funcionou a Fundação Olívia Pereira de Souza, na Avenida Guaicurus, está abandonado há, pelo menos, 7 anos. O espaço funcionou por 36 anos com aulas desde a pré-escola até o Ensino Médio. Agora, o que chama atenção é a depredação, que virou abrigo para os moradores de rua. Vídeo publicado recentemente nas redes sociais mostra a verdadeira situação, com mato alto, paredes e telhados quebrados e lixo jogado. O vendedor ambulante Manoel Ribeiro, de 66 anos, conta que trabalha no ponto da esquina há 5 anos e desde então, o local está abandonado. "Tem um casalzinho morando ali. O rapaz às vezes pega para roçar o espaço e dá uma limpada". Segundo o proprietário de uma churrascaria próxima, Welder Vargas Perbone, de 38 anos, depois do abandono, aumentou o número de roubos no bairro. "Esse lugar abandonado aumentou o número de roubos e assaltos no bairro. Está cheio de usuários de droga. Quando fecharam, o pessoal começou a roubar fio, estrutura de metal, cobertura da quadra e até a janela", comentou. A bancária Rosemeire Cristovão Santarosa, de 46 anos, lembra de quando estudou na escola. "Eu sou moradora do Bairro Universitária 2, não tinha escola no bairro, era só ela. Foi uma escola que atendeu muitas crianças e adolescentes durante muito tempo. Era exemplar", recordou. A entidade foi fundada em 1981, e em outubro de 2016 e fevereiro de 2017, a direção da Fundação realizou Assembleias Gerais decidindo pela extinção do espaço, devido à inviabilidade econômica. Depois, foi solicitada que fosse repassada para outra entidade tomar conta, que também acabou desistindo. Em abril de 2017, foi requerida a abertura de procedimento administrativo para a 49ª Promotoria de Justiça da Comarca de Campo Grande. Depois de ser concedida a extinção, em 2018, e a nova entidade ter desistido, a Promotoria buscou outras instituições para se proporem a usar o espaço com finalidade igual ou semelhante, mas a maioria não se manifestou. Em fevereiro de 2024, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) solicitou que todo o patrimônio seja incorporado ao acervo do Estado e que a Procuradoria-Geral do Estado seja intimada para as providências. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
Fonte: Campo grande News