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Campo grande

Enquanto pais lutam por uma renda extra, crianças esperam em barracas

O Carnaval, além de ser uma grande festa popular brasileira é também oportunidade de ouro para milhares de pessoas ganharem uma renda extra.


O Carnaval, além de ser uma grande festa popular brasileira é também oportunidade de ouro para milhares de pessoas ganharem uma renda extra. Em Campo Grande, todos os anos, centenas de ambulantes se reúnem na Esplanada Ferroviária para lucrar vendendo bebida e comida aos foliões. Mas quando não há opção para deixar as crianças, a decisão é levar os pequenos para ficar sob a supervisão dos pais, entre a venda de uma cerveja ou cachorro-quente. Essa foi a decisão da família de Cláudia Fonseca, 46 anos. Acompanhada do marido Leondas Deolondes, 52 anos e de Maria Clara, 5 anos. A pequena vai ter que acompanhar a avó que vende bebidas no local. "A gente sabe que isso não é a melhor opção, mas dessa vez foi preciso. Já trouxemos uma barraquinha de criança, montada com colchão, celular e comida. Assim ela não sairá de perto e quando quiser dormir, deita e fica quietinha", explicou, Cláudia. O pequeno Ravi, 1 ano e seis meses está indo 'trabalhar' no segundo Carnaval da sua vida. Ao lado de Marlene Vicente, 65 anos, Nando Rodrigues, 64 anos e Vitoria Vicente 25 anos, o menino tem acompanhado os perrengues que a família enfrenta para ter uma vida com melhor qualidade. "É a segunda vez dele no Carnaval. Ano passado ele veio, quando tinha só seis meses. A vó dele vai ficar cuidando exclusivamente de Ravi", conta a mãe Vitoria. Para aguentar a festa até o final, eles foram munidos de um chiqueirinho e deixaram o carro próximo do ponto de venda, como última alternativa para deitar o bebê. Esta é a terceira geração acompanhando a luta dos mais velhos na madrugada. "Eu trabalhava no Bar Fly e não tinha com quem deixar a Vitória, mãe do Ravi. Então, ela acabava indo para os eventos. Agora é a Vitória que traz o Ravi. Ele é super tranquilo", relatou Marlene. A mãe da criança alega que é mais seguro tê-lo por perto. "Ele vem por falta de opção. Tenho medo de deixar com alguém que não conheço. Prefiro trazer porque vai estar mais seguro comigo. A gente vê muita notícia ruim envolvendo criança e não quero que isso ocorra com o Ravi". Nessas primeiras horas de sexta-feira (9) de Carnaval, os filhos de Rafael Lima, 30 anos, brincavam na rua, enquanto o pai armava a barraca de vendas de bebidas. "Não sei o que vou fazer ainda. Minha irmã viajou e em última caso vão ficar aqui, se distraindo com celular e dormindo no carro". Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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