Após "discórdia", muro da Orla terá paz com acordo entre artistas e moradores
Após reuniões com a Funesp (Fundação Municipal de Esportes), os muros da Orla Morena serão "tela" de dois projetos artísticos.
Após reuniões com a Funesp (Fundação Municipal de Esportes), os muros da Orla Morena serão "tela" de dois projetos artísticos. Um dos projetos, será liderado pela artista visual Thais Maia, de 28 anos, que teve o mural apagado com tinta branca pelo o presidente da AMBC (Associação de Moradores do Bairro Cabreúva), Eduardo Cabral, na última terça-feira (30). O outro, será encabeçado pela associação de moradores. O diretor-presidente da Funesp, Maicon Luis Mommad, se reuniu na manhã de ontem (2) com Thais Maia e Camila Santana, também conhecida como Kitty, proprietária da Massas Capivara e responsável pela Feira São Chico, realizada na Orla Morena. Este encontro ocorreu três dias após o mural, criado por Thais, Karol e Gabriel GB, ter sido destruído por três homens, incluindo Eduardo Cabral. Ele foi flagrado jogando tinta sobre a obra. Conforme noticiado anteriormente, Cabral narra que foi acionado por vizinhos e "educadamente" foi falar com a grafiteira, explicando que já há um projeto para o local, mas que mesmo assim, a jovem artista não desistiu da empreitada. "Eu disse a ela: 'aqui você vai perder seu tempo'". Durante a conversa na Funesp, Maicon propôs um projeto conjunto com os grafiteiros para grafitar a Orla Morena de maneira regular e evitar futuros incidentes. "Eles querem fazer um projeto na Orla inteira de grafite e arte. Estamos organizando tudo", explica Thais. Para buscar um consenso, a Eduardo, presidente da AMBC, também foi recebido pela Funesp, no período da tarde. A Funesp solicitou à associação a apresentação de um projeto para ser realizado em conjunto com os artistas. Eduardo argumentou que existe um projeto artístico para a escadaria da Orla, inspirado na Escadaria Selarón do Rio de Janeiro, e já aprovado pela Sectur (Secretaria Municipal de Cultura). "Fico feliz com o consenso. Nós vamos apresentar um projeto para a Funesp, do mosaico que ficará no palco. Ainda não decidimos se será grafitti ou pintura. Mas a ideia é que seja uma alusão à ferrovia e ao Pantanal", reforça Eduardo. Também entusiasmada com o acordo, Thais destaca a importância do apoio à arte urbana na Capital. "Estou muito animada, é uma vitória pro Graffiti, para o Hip Hop e para a Cultura de Rua. Nosso Estado é muito carente nessas áreas. E nós que estamos na linha de frente na propagação da Arte precisamos de todo apoio possível!". Proibição - Em relação ao mutirão agendado para a manhã deste sábado (3), Eduardo explicou que foi cancelado devido à necessidade de autorização prévia para qualquer atividade na região. "Nós, da associação, não podemos fazer nada sem autorização. Então foi cancelado". Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
Fonte: Campo grande News