A apreensão foi na tarde dessa terça-feira (10) e divulgada apenas à noite. A maior parte do armamento estava escondida em guarda-roupas e em malas distribuídas pelo imóvel. Armas e munições também foram localizadas dentro de três carros de luxo.
Dentro da casa, os policiais federais encontraram maquinários e uma estrutura para montagem e manutenção dos fuzis. Segundo os investigadores, o armamento seria distribuído para traficantes e milicianos que atuam em comunidades no estado do Rio.Os presos e todo o material apreendido, incluindo os três carros, foram levados para a superintendência da PF.
Pela rede social X (antigo Twitter), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, escreveu que "estamos intensificando todas as ações possíveis para apoiar o Rio de Janeiro no trabalho da segurança pública. Temos colhido muitos resultados. Hoje [terça-feira] tivemos mais um."
Ação contra traficantes
Desde segunda-feira (9), forças de segurança do Rio realizaram a Operação Maré, que combate a facção criminosa que atua no Complexo da Maré, conjunto de favelas na zona norte da cidade.
Nas primeiras horas deste terceiro dia de operação foram presas cinco pessoas e apreendidos cinco fuzis, de acordo com o governo do estado. Além da Maré, policiais estão em outras comunidades para onde criminosos teriam fugido.
"Criminosos não ficam dentro de casa aguardando a presença da polícia. Vão migrando de uma comunidade para outra. Por isso, estamos fechando o cerco", afirmou o secretário de Polícia Civil, José Renato Torres.
As prisões foram feitas no Complexo do Chapadão, onde quatro fuzis foram encontrados. O quinto estava na Cidade Alta. Essas duas localidades também ficam na zona norte.
Desde o início da megaoperação foram presos 17 suspeitos, apreendidos mais de meia tonelada de maconha e drogas sintéticas, e 100 quilos de pasta base de cocaína, além de armas e 98 veículos. Dez toneladas de material usado para fazer barricadas foram retiradas das ruas das comunidades, segundo balanço divulgado pelo governo estadual. Os nomes dos presos não foram divulgados.
Agência Brasil