Rita Serafim destacou, no primeiro dia, a oficina de comunicação alternativa, cujo convidado é o professor da UFRGS Eduardo Cardoso, que tem lançado esse projeto em outros equipamentos culturais. O MAR será o primeiro no Rio de Janeiro a receber o projeto. O segundo dia (16) é voltado ao protagonismo das pessoas com deficiência. O programa começa com uma contação de histórias, inclusiva sobre o último lançamento de leitura acessível, em parceria com o Instituto Incluir. Será mostrado ainda como a fotografia é um lugar de identidade para a pessoa e o território, pelo geólogo e fotógrafo Mav (Matheus).
O DJ Eduardo Victor vai abordar como a música faz as pessoas compreenderem o próprio corpo. Ainda no sábado, serão feitos atendimentos individuais pela Defensoria Pública, que está no seu ano de inclusão, e pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, para ouvir as demandas do público e iniciar o atendimento.
Surdos
No domingo (17), a programação é mais voltada à comunidade surda. O fórum está convidando autores negros surdos a comparecer ao evento, levando seus livros para falar da produção literária. A mediação é da professora Sheila Martins, do Instituto Nacional de Educação de Surdos. "A gente quer, inclusive, desdobrar essa roda de conversa para depois no MAR, trazendo esses autores para a biblioteca do museu", informou Rita.
Na parte da tarde, haverá oficina e bate-papo com o dançarino surdo Jhonny. "A ideia é que ele compartilhe um pouco da sua trajetória como artista com deficiência". Ricardo Boaretto e Paulo Andrade, poetas surdos, encerram o programa de domingo com um sarau na biblioteca. O evento terá intérpretes para deficientes auditivos. "A ideia é que todo mundo se expresse dentro do sarau poético, pessoas surdas, mas não só", disse a analista da Escola do Olhar. Durante todo o domingo, haverá no MAR uma feira com produtos de empreendedores surdos.
Agência Brasil