Programação divulgada no ano passado chegou a prever a manifestação deste ano para 24 de setembro, mas a nova data foi anunciada em um comunicado que destaca que os organizadores ainda buscam mobilizar patrocinadores para a realização do evento.
O Grupo Arco-Íris afirma que já está acertado o patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Coordenadoria de Diversidade Sexual, e acrescenta que ainda busca apoio do setor privado, dos governos estadual e federal."Estamos buscando o patrocínio do governo do estado do Rio de Janeiro, através do Programa Rio Sem LGBTIfobia da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, do governo federal e do setor privado para conseguirmos os recursos que permitam a realização da 28ª Parada do Orgulho LGBTI+ Rio e sua programação oficial nos eixos da saúde, cultura e cidadania, com ações em diversos centros culturais durante o mês de novembro e na orla de Copacabana durante o dia da Parada LGBTI+ Rio", informa o Grupo Arco-Íris.
A parada LGBTQIA+ do Rio é considerada a primeira do país e chega neste ano à 28ª edição. No ano passado, a manifestação foi realizada em 27 de novembro e contou com dez trios elétricos. Além da liberdade para pessoas de diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, o protesto também contou com alas temáticas sobre a preservação da Amazônia e do meio ambiente, além de homenagem às vítimas da covid-19.
Presidente do Grupo Arco-Íris, Cláudio Nascimento destaca que a parada do Rio de Janeiro serviu de inspiração para outros atos pelo país e tem forte impacto econômico. "É o terceiro maior evento do estado do Rio de Janeiro em matéria de turismo, e, em número de pessoas, o segundo maior evento LGBT do país. A parada mobiliza uma estrutura bem grande", diz Nascimento, ao explicar o porquê do adiamento de setembro para novembro. "Para terminar alguns diálogos que viemos fazendo com o governo do estado, o governo federal e o setor privado, achamos mais adequado transferir, para garantir a estrutura para o evento, que leva 1,2 milhão de pessoas a Copacabana."
Nascimento argumenta que é preciso avançar no entendimento de que a Parada LGBTQIA+ do Rio de Janeiro tem importância econômica e social. Ele compara que, em São Paulo, mesmo com divergências, governo do estado e prefeitura considera, a parada estratégica para a cidade.
"A gente ainda não tem a contrapartida adequada para o tamanho do evento. É necessário avançar mais", afirma ele, que também chama o setor privado a colaborar com a comunidade para além das ações no mês do orgulho LGBTQIA+. "A gente quer que as empresas, além de se posicionarem, invistam de verdade nos eventos, para que a gente possa contribuir para avançar a cidadania da comunidade. Posicionamento é importante, mas é preciso investimento."
*Colaborou Carolina Pessôa, das Rádios da EBC
Agência Brasil