Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a quarta fase do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado (PPCerrado) deve ser lançada em outubro deste ano.
"Esse incremento que tivemos requer da gente uma estratégia no âmbito do PPCerrado bem mais articulada. A dinâmica da destruição do Cerrado está propiciando imensos prejuízos ambientais, mas também econômicos e sociais", disse a ministra Marina Silva.
Segundo o WWF, o Cerrado já perdeu mais de 50% de sua cobertura vegetal nativa e abriga aproximadamente 25 milhões de pessoas, dentre elas, cerca de 80 etnias indígenas e diversas comunidades quilombolas. "O bioma é a grande caixa d'água do Brasil, e a perda de sua cobertura vegetal terá impactos severos na produção agrícola e abastecimento de grandes centros urbanos", avalia a entidade.
Para o WWF, além do PPCerrado, será necessário um maior compromisso dos estados, especialmente na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), para reverter essa tendência.
Amazônia
Por outro lado, o WWF avalia que os números do Inpe em relação à Amazônia indicam que o governo brasileiro tem se comprometido com o combate ao desmatamento na região, após 4 anos de destruição. Em julho deste ano, foram desmatados 500 km² na Amazônia, uma queda de 66% da área sob alertas em comparação a julho de 2022.
"Para o WWF-Brasil, barrar o desmatamento na Amazônia, ao lado do combate ao garimpo ilegal e da criação de unidades de conservação, é uma das medidas urgentes para salvar o bioma e garantir a sobrevivência de suas populações", diz a nota da entidade.
Agência Brasil