Campo grande News
A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quinta-feira (19), o projeto que restringe o acesso ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), limita os aumentos reais do salário mínimo às regras do arcabouço fiscal e estabelece outras medidas. A iniciativa, de autoria do líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), segue agora para análise do Senado. Da bancada federal de Mato Grosso do Sul, Marcos Pollon (PL), Luiz Ovando (PP) e Rodolfo Nogueira (PL) se opuseram à proposta. Votaram sim os seguintes deputados: Humberto "Beto" Pereira (PSDB), Camila Jara (PT), Dagoberto Nogueira (PSDB), Geraldo Resende (PSDB) e Vander Loubet (PT). Conforme o texto do PL (Projeto de Lei) de nº 4.614/24, a proposta faz parte do pacote do governo para reduzir despesas obrigatórias, como pessoal, aposentadorias e benefícios sociais, e ampliar a margem para gastos não obrigatórios, como programas governamentais e investimentos. O texto, com substitutivo do relator Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), suavizou algumas restrições ao BPC, mas manteve os ajustes ao salário mínimo. Segundo Bulhões, a proposta busca preservar o benefício com justiça social e segurança jurídica, evitando um colapso do programa. "Sem essas modificações, o crescimento descontrolado do programa tornará sua continuidade inviável", afirmou. Entre as mudanças, o projeto torna obrigatória a biometria para novos beneficiários e a atualização cadastral a cada dois anos. Bulhões também destacou o combate a fraudes: "Hoje é um dia ruim para escritórios que fabricam mecanismos para burlar o programa, destinado à população mais vulnerável". O vice-líder da oposição, Cabo Gilberto Silva (PL-PB), criticou duramente o governo, acusando-o de atacar os mais vulneráveis. "Esse projeto não resolve a questão fiscal e ainda prejudica os mais pobres", declarou. Receba as principais notícias do Estado pelo celular . Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook , Instagram , TikTok e WhatsApp .