Mãe que encontrou força no perdão após perder a filha lança livro
No último fim de semana, o lançamento do livro O Mantra da Passagem atraiu muita gente ansiosa pelo autógrafo e pelo abraço de Andrea Aleixo.
No último fim de semana, o lançamento do livro O Mantra da Passagem atraiu muita gente ansiosa pelo autógrafo e pelo abraço de Andrea Aleixo. Emocionada, ela compartilhou sua experiência de dor e superação, dando aos leitores uma chance de mergulhar em sua trajetória pessoal e nas lições que a ajudaram a seguir em frente após a trágica perda de sua filha, atropelada enquanto pedalava em Campo Grande, em 2021. O vídeo em que Andrea perdoou o motorista responsável pelo acidente viralizou e tocou corações ao redor do mundo, mas foi a escrita do livro que permitiu que ela compartilhasse, de forma ainda mais profunda, os ensinamentos que moldaram sua cura. Em nossa entrevista, Andrea explicou que o ponto de partida para O Mantra da Passagem foi o vídeo que postou nas redes sociais no dia 8 de abril de 2021, quase um mês após a morte de sua filha. Ela soubera que o motorista queria se encontrar com ela para pedir perdão e decidiu, de forma pública, comunicar que já o havia perdoado. "Eu sabia que ele estava arrependido e, como faço com frequência, utilizei o Pai Nosso para expressar meu perdão. 'Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido'. A mensagem foi clara: se eu não perdoasse, como poderia pedir perdão a Deus?", revelou Andrea. Esse ato de perdão gerou uma demanda de pessoas que buscavam mais esclarecimentos sobre a mensagem do Pai Nosso e sobre como lidar com momentos de dor. "Eu percebi que o pouco que eu sabia poderia ajudar muito, então resolvi escrever", contou. Assim, O Mantra da Passagem surgiu, não como uma forma de enfrentar a dor, mas como uma maneira de compartilhar uma verdade pessoal que poderia ajudar outros. Encontrando vida após a dor Quando perguntada sobre como encontrou força para seguir em frente após a perda de sua filha, Andrea compartilhou com leveza sua visão sobre a vida e a morte. "A vida continua. Minha filha não está mais comigo porque Deus entendeu que era a hora dela. E ela, com sua postagem nas redes sociais sobre a gratidão pelos amigos que a chamavam para programas saudáveis, sem saber que seria seu último ato, cumpriu sua missão", disse ela. Andrea acredita que a morte de sua filha foi, de certa forma, uma semente que germinaria para algo maior, algo que ela já pode ver florescer através do Instituto Emanuelly e do movimento pela proteção dos ciclistas no estado. Sobre o perdão ao motorista, Andrea explica que não foi um ato de compaixão pelo indivíduo, mas um processo de libertação pessoal. "Perdoar é liberar, é não carregar a culpa. Isso não é sobre o motorista, mas sobre a minha paz", afirmou. Ela enfatiza que o perdão não é algo que se faz para o outro, mas para si mesmo, para se libertar do peso do ódio ou da raiva. Andrea espera que O Mantra da Passagem seja mais do que um livro sobre dor. Ela deseja que as pessoas o usem como um estilo de vida, aplicando os ensinamentos do Pai Nosso como mantra diário para encontrar paz e equilíbrio em momentos de crise. "Quem adota o mantra como regente da vida será mais feliz, tranquilo e próximo daquilo que Deus deseja para nós: a abundância, a prosperidade e a paz", declarou. No lançamento, Andrea foi recebida com carinho e admiração de muitos que se sentiram tocados por sua história. Ela descreveu o momento como algo que reforçou sua missão de servir ao próximo, algo que, para ela, sempre foi fundamental. "Eu sou uma pessoa que sempre servi. Escrevi esse livro para ajudar, porque o pouco que eu sei pode ser muito para alguém", disse ela, com um sorriso de gratidão. Ao longo de sua escrita, Andrea revela que o processo de elaboração do livro foi desafiador, especialmente o segundo capítulo, onde ela teve que reviver momentos difíceis, descrevendo com detalhes a perda de sua filha. "Foi desafiador, mas eu sabia que precisava fazer. Não posso ficar quieta quando vejo que posso ajudar", disse ela. Para Andrea, a escrita foi mais uma forma de externar o que estava dentro de si, uma maneira de colocar para fora as palavras que pudessem curar e ajudar outras pessoas. Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui) . Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News .
Fonte: Campo grande News