Campo grande News
"Hoje é só o início da justiça pela Sophia", disse Jean Carlos Ocampo, pai da menina morta aos 2 anos e 7 meses de idade, em Campo Grande. Ele chegou acompanhado do marido, Igor de Andrade, para acompanhar o primeiro dia de julgamento dos dois réus pela morte da garotinha, ocorrida no dia 26 de janeiro de 2023. "Naquele banco não são só os dois que tinham que estar sentados ali, é mais gente que tem que estar ali, porque eles não olharam para Sophia; se olhassem para ela, se pelo menos dessem importância pelo que nós estávamos falando, o grito que de socorro que nós estávamos pedindo, o desfecho dela seria outro", disse Jean, sem citação específica. Em 2021, Jean Carlos chegou a denunciar a ex depois de ver hematomas pelo corpo da menina, e a mãe justificou os hematomas com queda no carrinho. Por sete vezes, a partir daquele ano, procurou órgãos de segurança e proteção à criança, mas o caso acabou não sendo levado adiante. O pai da criança diz que não se sente preparado para ver e ouvir os depoimentos que vão descrever a vida e morte da menina. "Acho que nunca vou estar preparado, mas estou aqui por ela", contou. Ele diz esperar por justiça, com condenação dos réus. "Acho que vai ser alívio que vai dar no nosso coração, mas curar a dor nunca vai passar, porque a saudade dela é todos os dias, em todo momento". Jean Carlos relembrou a convivência com a filha, dizendo que sente falta da alegria. "Era uma coisa que contagiava a coisa, hoje em dia ficou cinza". Além do marido, ele está acompanhado dos cunhados e diz que outros amigos e familiares estarão no plenário da 2ª Vara do Tribunal do Juri para o julgamento. A acusação – Na tarde do dia 26 de janeiro de 2023, Sophia deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antonino, no norte de Campo Grande, já sem vida. Inicialmente, a mãe, Stephanie, que foi até lá sozinha com a garota nos braços, sustentou versão de que ela havia passado mal, mas investigação médica encontrou lesões pelo corpo, além de constatar que a morte havia ocorrido cerca de quatro horas antes da chegada ao local. O padrasto será julgado por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e praticado contra menor de 14 anos. Ainda responderá por estupro de vulnerável. Já a mãe será julgada por homicídio doloso por omissão. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .