Campo grande News
O Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), administrado pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), anunciou nesta sexta-feira (8) que a inauguração de 30 novos leitos na clínica médica está prevista para dezembro deste ano. Essa é uma das obras em andamento no hospital, com a meta de quase dobrar o número de leitos até fevereiro do próximo ano. Segundo o gerente administrativo do hospital, Carlos Alberto Coimbra, dos 30 novos leitos, 24 serão para internações comuns e seis destinados ao tratamento de doenças infecciosas, com estrutura de isolamento. Ele explica que a entrega em dezembro representa a primeira fase das reformas na clínica médica do Humap-UFMS, que ficou paralisada por 12 anos. A segunda fase da obra prevê mais 24 leitos, com inauguração esperada para o final de fevereiro do próximo ano. "Quando as obras forem concluídas, praticamente dobraremos o número de leitos", afirma Carlos. A reportagem observou que as obras da primeira fase da clínica médica estão avançadas, com piso, janelas e paredes finalizadas. As seis salas de isolamento, equipadas com áreas próprias para desinfecção de visitantes, também estão prontas. De acordo com a gerência do hospital, a ampliação de leitos visa solucionar a situação crônica de pacientes mantidos nos corredores e resolver a falta de leitos para isolamento de doenças infecciosas. "Antes, não tínhamos leitos de isolamento. Quando havia pacientes que necessitavam de isolamento, tínhamos que usar uma enfermaria inteira para um único paciente, o que reduzia a capacidade do hospital", explica Carlos. A obra completa de ampliação da clínica médica custará R$ 4 milhões, financiados com parte dos R$ 21 milhões concedidos pelo Governo Federal e anunciados em abril deste ano durante a visita do presidente da Ebserh, Arthur Chioro. Também foi anunciado um recurso de R$ 225,8 mil do Novo PAC, destinado à reestruturação das instalações elétricas de média e baixa tensão do hospital, cujas obras já estão em andamento. Ao ser questionado sobre a estrutura atual, o gerente administrativo apontou que as demandas por readequações e reformas existem há anos, e que abandonos das obras por empresas contratadas causaram atrasos nas adaptações. "Como o hospital é muito antigo, ficou bastante tempo sem reestruturação. Lutamos há algum tempo para conseguir os recursos e realizar licitações. Por exemplo, a clínica médica já deveria estar pronta há dois anos, mas a empresa anterior abandonou a obra. Tivemos que fazer novas medições e licitar novamente, o que leva quase um ano. Mas a empresa que venceu a licitação atual está cumprindo o cronograma previsto", explica Carlos. Outras obras – Com quase 50 anos de existência, o Hospital Universitário apresenta várias estruturas antigas que necessitam de readequações, tanto na estrutura física das salas quanto na estrutura elétrica. Conforme noticiado anteriormente , nesta sexta-feira, a Ebserh abriu licitação para contratar a empresa responsável pela reforma do centro cirúrgico do Humap e da CME (Central de Material e Esterilização). A obra, com custo máximo de R$ 16 milhões, visa sanar problemas apontados em relatório de inspeção da Vigilância Sanitária, que também fazem parte de inquérito do MPF (Ministério Público Federal). A previsão é que as obras se iniciem no início de 2025. De acordo com a gerência do hospital, durante as obras, as cirurgias serão realizadas em um novo espaço dentro do Centro Obstétrico, que atualmente abriga as cesarianas, mas em uma área distinta do hospital. Inicialmente, o Centro Obstétrico será reestruturado para ter cinco salas de cirurgia: duas destinadas a procedimentos obstétricos - como cesarianas - e três para outras especialidades cirúrgicas, sem interrupção dos atendimentos. Para compensar a redução do espaço e da infraestrutura durante a reforma, os horários de cirurgia serão estendidos até às 21h nos dias úteis. Aos sábados, as cirurgias eletivas serão realizadas durante todo o dia, enquanto durar a obra no centro cirúrgico. Nesse período, a gerência afirmou que não haverá interrupção nos atendimentos, tanto obstétricos quanto cirúrgicos, mas é provável que haja uma redução no número de vagas para novos pacientes. "Quem faz a regulação desses pacientes para nós é o município. Em algum momento, o hospital, com a reforma e ampliação do centro cirúrgico nos próximos dois anos, terá uma redução temporária no número de vagas disponíveis. Isso, inevitavelmente, vai acontecer. Quanto ao tempo que isso levará, o hospital está concentrando todos os esforços para que seja o menor possível", explica Carlos. A CME, que atualmente funciona em um prédio separado, não será afetada pelas obras. Ela continuará operando normalmente, esterilizando os materiais do hospital sem interrupções. "Quando o novo centro cirúrgico for finalizado, a CME atual será desmantelada, mas apenas após a instalação e funcionamento completo da nova estrutura de esterilização no novo espaço", explica a assessoria do Humap-UFMS em nota. Além disso, o hospital está com reformas em andamento nas instalações onde funcionam a hemodinâmica, que custará R$ 2,6 milhões; o banco de leite, com uma reforma de R$ 107 mil; o ambulatório, com custo de R$ 4,8 milhões; e o setor de radioterapia, com custo de R$ 1,2 milhão. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .