Campo grande News
Os preços dos azeites de oliva seguem nas alturas e, para quem ainda consegue comprar, a dica é não gastar o item à toa, usá-lo adequadamente e, consequentemente, economizar. Pensando nisso, o Lado B convidou a nutricionista Victória Ricartes para dar dicas sobre o assunto e explicar o que pode te ajudar. Se você está acostumado a não medir a quantidade de azeite usado, o primeiro ponto é esse: separe uma colher de sopa ou um borrifador/spray (esse item tem sido vendido tanto em lojas online quanto presenciais, sendo que costuma sair mais barato virtualmente). Isso porque, segundo Victória, usar o azeite exageradamente precisa ser visto da mesma forma que todas as outras gorduras em geral. "Cada grama de gordura possui 9kcal, então, uma única colher de sopa com 10g de azeite pode ter 90kcal. Consumir o azeite em excesso pode levar ao ganho de peso e aumentar o risco de acúmulo de gordura abdominal, que está associado a problemas como resistência à insulina". Então, já que o objetivo é consumir o líquido e aproveitar os seus benefícios, há de se atentar. Para quem não sabe ou não se lembra, o azeite possui a gordura monoinsaturada: "protege o coração, é rica em antioxidantes e polifenóis que atuam como agentes anti-inflamatórios". Idealmente, o consumo varia entre 15 e 20% das calorias totais diárias, como explica a nutricionista. Em uma dieta média de 2 mil quilocalorias por dia, serão cerca de 3 a 4 colheres de sopa de azeite por dia (entre 33 e 44 gramas). Para aplicar essa medida ao borrifador, a dica é inserir a medida com colheres no frasco e testar. Inclusive, os borrifadores entram como facilitadores para ajudar na redução do uso das gorduras em geral, de acordo com Victória, já que se espalham melhor. No caso das colheres, a sugestão é pesar o líquido caso seja possível para entender a dimensão do seu talher. Além da quantidade, a profissional explica que há outras questões que devem entrar no jogo. Os azeites, em geral, podem ser aquecidos, mas não superaquecidos. Na prática, o extra-virgem pode ser submetido a 160 e 190º, dependendo de sua acidez. Mais do que isso, ele pode te prejudicar. "Abaixo dessa temperatura, ele mantém sua estrutura e benefícios, mas ultrapassando este valor, pode oxidar e liberar compostos potencialmente nocivos, além de perder antioxidantes. No dia a dia, isso significa que para refogar alimentos ele pode ser utilizado, mas não é indicado para frituras prolongadas". E, para que tudo isso seja aplicado, você precisa conferir a qualidade do azeite. Sem mistérios, a chave é observar o rótulo e quatro pontos, conforme Victória: 1. Quanto mais escuro o frasco, melhor. "O azeite oxida na presença de luz solar, então os frascos mais claros que permitem a passagem de luz podem prejudicar a qualidade do produto"; 2. O frasco precisa ser de vidro, isso porque o de plástico pode ter pequenas fissuras durante o processo de transporte, armazenamento ou uso. Consequentemente, há entrada de luz e ar, o que pode gerar oxidação; 3. A acidez do produto diz muito: "a acidez do azeite deve ser inferior a 0,8%, indicando um azeite de maior qualidade. Essa acidez não interfere no sabor do produto, mas quanto menor a acidez, mais fresco é o azeite e com mais compostos bioativos, enquanto que quanto mais alta a acidez pode indicar sinal de degradação ou uma produção menos controlada". 4. Por último, não se esqueça de observar a lista de ingredientes. O azeite extra-virgem deve conter apenas azeite de oliva e nenhuma outra adição. Já o virgem pode ter óleos vegetais, mas perde parte de sua função como os antioxidantes e polifenóis. Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui) . Receba as principais notícias do Estado pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News .