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"Não esperava isso dele", lamenta mãe em julgamento de feminicida

Acusado de matar a mulher, Joelma da Silva, de 33 anos, com 9 facadas, 3 delas no rosto, na frente dos filhos, Leonardo da Silva Lima, de 39 anos, será julgado por de feminicídio nesta terça-feira (15), na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande.


Acusado de matar a mulher, Joelma da Silva, de 33 anos, com 9 facadas, 3 delas no rosto, na frente dos filhos, Leonardo da Silva Lima, de 39 anos, será julgado por de feminicídio nesta terça-feira (15), na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande. O crime aconteceu no dia 21 de fevereiro deste ano, no Núcleo Industrial do Indubrasil. Enquanto aguardava o julgamento começar, a mãe de Joelma, Sueli Rosa da Silva André, de 49 anos, contou que a família sofreu uma perda dupla, porque Leonardo era muito querido pela sua família. Ele foi preso horas após o crime, no mesmo dia. "A gente não esperava isso dele. Quando você lida com uma pessoa que já te traz rejeição é diferente. Mas ele não, era uma pessoa muito amada. Foi muito difícil pra gente", disse. Joelma deixou 5 filhos com idades entre 2 e 17 anos. A criança mais nova fez aniversário ontem. Conforme Sueli, a dor da perda é muito grande e o pior é saber que depois que a filha dela foi morta, outras mulheres também foram vítimas de feminicídio. "Não é só eu que estou passando por isso. Têm muitas mães que perderam suas filhas. É um crime muito complicado, porque mexe com a outra família também. Ninguém cria um filho esperando que ele vá tirar a vida de outra pessoa", desabafou. Segundo ela, os homens precisam de tratamento também, não só as mulheres. "Eles têm de ter mais clareza na hora das decisões, pensar no que vai fazer, pensar nas consequências, não deixar a fúria tomar conta". Sueli espera que o julgamento seja justo e lembrou de como sua filha era batalhadora, divertida e não deixava transparecer os problemas, além de ter sido uma super mãe. "Era uma pessoa que lutava, queria viver bem". Depoimento - Ao juiz Carlos Alberto Garcete e aos jurados, o réu contou que é natural da Bahia e está no Estado há 9 anos. Antes de ser preso, trabalhava com cobertura metálica. Sobre o crime, respondeu que não se lembrava dos detalhes, porque havia bebido muito no dia. O casal viveu por dois anos juntos e tiveram dois filhos. Ao ser indagado pelo juiz sobre o depoimento da filha da vítima dizendo que ele praticava uma série de violência tanto verbal como física contra Joelma, inclusive ameaças para a mulher tirar medida protetiva, Leonardo negou. "Não é verdade. Eu sai do Indubrasil e fui morar no Noroeste para não ter contato. Já tínhamos nos separado 10 vezes. Como ela não estava trabalhando me ligava pedindo dinheiro para comprar as coisas e eu ia lá levar. Toda vez que ela mandava eu sair de casa eu saía, por isso eu sai umas dez vezes e ela sempre pedia pra eu voltar", contou. Ele aproveitou a fala para pedir perdão às filhas afirmando que errou: "vou ter que pagar. Peço perdão a todo mundo que me conhece". O resultado do julgamento será divulgado no período da tarde. Joelma chegou a denunciar o marido por violência doméstica e pediu medida protetiva de urgência - que impede a aproximação do agressor. No entanto, entre os meses de março e maio de 2023, compareceu à justiça e pediu a revogação. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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