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Estudo comprova eficiência da pecuária em capturar carbono da atmosfera

Um estudo com participação da JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, comprovou como a pecuária nacional contribui para a captura de GEE (Gases do Efeito Estufa) da atmosfera.

Por Propaga News em 09/10/2024 às 15:11:09

Um estudo com participação da JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, comprovou como a pecuária nacional contribui para a captura de GEE (Gases do Efeito Estufa) da atmosfera. O trabalho analisou o volume de emissões de carbono de 103 propriedades fornecedoras da Friboi, em 12 estados brasileiros. De Mato Grosso do Sul participam duas propriedades, em Bodoquena e em Rio Verde de MT. O resultado revelou que 31% das fazendas analisadas removem mais que emitem carbono na atmosfera. Práticas adequadas de manejo de solo, como a recuperação de pastagens, eficiência produtiva e desmatamento zero estão entre as principais razões para alcançar o marco. O estudo foi conduzido por pesquisadores do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da FGV, da consultoria Fauna Projetos e do Instituto Inttegra e o levantamento foi realizado entre agosto de 2023 e maio de 2024. O estudo é um dos maiores já realizados sobre o tema no mundo. "Avaliações importantes, como a supressão da vegetação nativa, fazem com que as emissões aumentem muito. Também ficou nítido o efeito da recuperação dos pastos na redução das emissões. Esse conjunto indica, claramente, o caminho de adotar boas práticas agrícolas aumentando a eficiência e a qualidade da carne brasileira", ressalta Eduardo Assad, pesquisador do OCBio/FGV e diretor-executivo da consultoria Fauna Projetos, que integrou a coordenação do estudo. O diretor de Pecuária da Friboi e líder de Agricultura Regenerativa da JBS Brasil, Fabio Dias, observa que "para que os produtores possam gerenciar e desenvolver uma pecuária de baixo carbono, é preciso que tenham acesso a um diagnóstico completo sobre a situação das suas propriedades. Ao realizar o balanço de carbono e analisar as práticas de agricultura regenerativas adotadas, o Fazenda Nota 10 oferece essas informações para que os proprietários possam entender seus status atual e traçar metas efetivas de gestão na direção de uma pecuária de baixo carbono", afirma. Programa Fazenda Nota 10 Criado em conjunto com o Instituto Inttegra em 2017, o programa Fazenda Nota 10 visa auxiliar criadores de gado de corte fornecedores da Friboi na gestão da produtividade, com o foco em rentabilidade e sustentabilidade de suas propriedades, com monitoramento e técnicas de benchmarking. Considerado o maior programa de treinamento em gestão para pecuaristas no Brasil, o FN10 já impactou cerca de 860 propriedades, que cobrem área equivalente a pouco mais de 1,4 milhão de hectares. Atualmente, há 435 fazendas participantes do programa em todo o Brasil. Ano a ano, o FN10 incorpora novos aspectos para avaliação das propriedades. Em 2023, o programa firmou parceria com a consultoria Fauna Projetos e expandiu seus indicadores para incluir o balanço de emissões de GEE. Entre as linhas de mentoria que a iniciativa já vinha realizando estavam instruções a respeito de técnicas de manejo e adubação de pastagens, entre outros temas relacionados a agricultura regenerativa, como técnicas de ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) e valorização da biodiversidade. Cada ciclo do Programa Fazenda Nota 10 tem duração de 12 meses. Os produtores passam por diversos treinamentos em gestão de propriedade e se comprometem a lançar os dados sobre a evolução mensal de suas fazendas e do rebanho na plataforma do FN10. Os dados compilados são analisados por uma equipe de especialistas periodicamente e, com base em benchmarking, são apontados os meios de melhoria em cada critério entre as propriedades atendidas. Segundo Fabio Dias, os participantes do FN10 alcançam cerca de 15% de aumento no Ganho Médio Diário (GMD) de peso, por animal, nos rebanhos, e diminuem em média 9% as despesas por arroba produzida. "Além do aspecto econômico, a pecuária com práticas sustentáveis pode ser cada vez mais parte da solução da questão climática, como demonstrou nosso estudo", afirma o executivo.

Fonte: Campo grande News

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