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Campo grande

Com bombas e carros alegóricos, encenação recria montagem de ponte da 2ª Guerra

Três estouros causados por rojões de festa simularam as bombas usadas pelo 9° Batalhão de Engenharia de Combate de Mato Grosso do Sul durante a Segunda Guerra Mundial e abriram a encenação do momento histórico que marcou a participação dos militares no conflito: a construção da ponte Bailey, na região de Toscana, na Itália.


Três estouros causados por rojões de festa simularam as bombas usadas pelo 9° Batalhão de Engenharia de Combate de Mato Grosso do Sul durante a Segunda Guerra Mundial e abriram a encenação do momento histórico que marcou a participação dos militares no conflito: a construção da ponte Bailey, na região de Toscana, na Itália. Soldados se arrastam no chão, deram tiros de mentira, enfrentaram tropas inimigas e entraram em cena usando "carros alegóricos". Ao som da famosa canção do músico sul-mato-grossense Almir Sater 'trem do pantanal', caminhões viraram locomotivas e o navio US. General W.A Mann, veículos usados para transportar os soldados até o Rio de Janeiro para o treinamento tático e posteriormente até a Itália para combate. O evento aconteceu em Aquidauana, a 141 quilômetros de Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (27). A encenação foi feita em comemoração aos 80 anos da FEB (Força Expedicionária Brasileira). O município é o único no Estado a ter mandado soldados engenheiros para o combate entre os anos de 1944 e 1945. Ao todo, mais de 25 mil militares da FEB cruzaram o Oceano Atlântico para se juntar ao esforço aliado no combate ao totalitarismo na Europa. Nesta sexta, cerca de 100 pessoas estavam envolvidas com a apresentação, entre soldados em campos e linha de produção. Foram dois meses de ensaio para a encenação. Antes da celebração também foi reinaugurado o Museu Marechal José Machado Lopes, que guarda relíquias do período histórico dos combatentes, com objetos de campo, armas e troféus de guerra. Com uniformes inspirados nos usados pelos combatentes da época, eles mostraram como faziam a montagem das pontes e a dinâmica de guerra. As estruturas eram usadas para facilitar o avanço das tropas parceiras e civis e dificultar a passagem do inimigo pelos territórios. Elas sempre eram construídas, pois os bombardeios destruíram as hastes de sustentação das passarelas. Ao Campo Grande News , Anisio David de Oliveira, chefe do Departamento de Engenharia e Construção, conta que a ponte feita na Segunda Guerra também é usada em situações de catástrofes como a do Rio Grande do Sul, por ser fácil de ser transportada de um lugar para outro. "A missão da engenharia é facilitar o movimento da nossa tropa e dificultar a do inimigo. A ponte ficou na história. Se for bem adestrado, com 2 ou 3 dias os soldados conseguem montar uma. É muito trabalho, tem que levar muito material. Fizemos uma parecida com a Bailey no Rio Grande do Sul em um dia e meio. Cada dia é um desafio, uma situação, às vezes temos que melhorar a margem do rio pra conseguir lançar a ponte, mas é um trabalho vibrante. O pessoal da engenharia eles gostam de fazer". O General do exército Luiz Fernando Estorilho Baganha, explica que a ponte, chamada de 7 de setembro, foi montada ao norte do rio Arno, na região de Toscana, na Itália e executada pela 1ª Companhia do 9° Batalhão de Engenharia de Combate de Aquidauana. A construção permitiu que o destacamento da Força Expedicionária atingisse a cidade de Pisa, marcando assim o início das operações militares da FEB no país. "Serviu para abrir caminho para que as forças aliadas e as tropas pudessem marchar rumo à vitória. Recriar esse momento reativa na nossa memória a importância que é a liberdade para o povo e mostra aos jovens o valor daquela tropa nos campos de batalha. Eles aprendem a estudar o passado para construir futuros melhores. Um povo que não conhece a sua história está condenado a ter um futuro triste. Pessoas lutaram pela nossa liberdade e eles devem continuar lutando por ela". Questionado sobre o motivo do uso das bombas de festa, o general pontua que o intuito foi realmente trazer a sensação de uma zona de guerra vivenciada pelos soldados da época. "Para trazer realismo maior, ter marcado na nossa memória. Das pessoas que lutaram por nós. Para os que atuaram hoje fica o aprendizado, a leitura que precisamos trabalhar sempre pelo nosso Brasil". A ponte - A Bailey ou LSB (Logistic Support Bridge), em português Ponte de Suporte Logístico, é uma estrutura metálica moderna e versátil. Isso porque ela é um importante suporte logístico que pode ser montada e desmontada de forma rápida e eficiente. A estrutura suporta até 80 toneladas e pode cobrir uma área de 60 metros, ou duas áreas de 30 metros. Em Campo Grande uma réplica modesta da ponte Bailey foi feita nesta quinta-feira (26), visitantes tiveram a oportunidade de ver uma mostra do que foi a construção na década de 40. História - Entre os anos de 1944 e 1945, o Brasil foi o único país latino-americano a enviar tropas para combater o maior conflito armado da história da humanidade. As operações aconteceram em Monte Castello, Montese, Castelnuovo e diversas outras localidades italianas. A segunda guerra mundial foi um conflito global que durou de1939 a 1945 e envolvendo a maioria das Nações do mundo. Os combates foram iniciado pelo avanço do nazi-fascismo que passava ameaçar o ocidente. Os aliados liderados pelos Estados Unidos, União Soviética e Reino Unido derrotaram as forças do eixo lideradas pela Alemanha, Itália e Japão. O Brasil entrou na guerra em 22 de agosto de 1942 após ter seus navios mercantes tropedia por submarinos nazistas em 1941. Durante este período 35 navios foram afundados causando a morte de 1.081 pessoa, segundo o Exército Brasileiro. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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